A Escola Família Agrícola (EFA), em Seabra, município da Chapada Diamantina, recebeu entre os dias 12 à 14 de novembro o curso de cultivo de árvores rasteiras. A formação foi realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com a Associação Educacional Agrícola do Território da Chapada, a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), o Conselho Estadual Quilombola da Bahia, e a Federação de Agricultura e pecuária do Estado da Bahia (Faeb).
Um dos assuntos abordados na capacitação de produção orgânica de morangos é a frequência de trabalho e procedimentos técnicos, a serem utilizados. O produtor e palestrante André Mendes abordou alguns critérios necessários para pré-produção, tais como, identificar o concorrente e se há demanda para a localidade que se pretende comercializar o produto.
Mendes afirma que “o filho do produtor quer ser, médico ou advogado. E questiona: quem vai cuidar da terra, quando o filho estiver longe?” Com isso há uma desvalorização do produto e a terra fica barata. Mas a produção de orgânico mantém a agricultura familiar, evitando assim o êxodo rural e possibilitando melhores condições de salário com renda semanal considerável. Oferece com isso, perspectiva de mudança quando permite sair da condição de trabalhador para produtor de orgânicos.
Além disso, Mendes também apresenta dados como o do último Censo de 2006 a 2009 onde a Bahia produziu mais de duas mil toneladas de morango por ano. No entanto há carência em alguns lugares. Eliane Bastos precisou do morango para pôr nas suas receitas, mas não encontrou o fruto onde reside, afirmou o esposo e trabalhador rural Cláudio Bastos.
No intuito de que os produtores rurais multipliquem a produção, o Sindicato dos Produtores Rurais de Seabra apoiou essa iniciativa do Senar, que incentiva à agricultura familiar, o cultivo do plantio e aumento de renda dos produtores e comunidades tradicionais da região da Chapada Diamantina. Jornal da Chapada com informações de assessoria.