Até fim de 2019, técnicos especialistas do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), visitam diversos municípios da Bahia. A ação integra a implantação do programa de política pública para a proteção dos bens culturais materiais, empreendido pela Diretoria de Projetos Obras e Restauro (Dipro) do Ipac.
“A salvaguarda e a proteção de bens culturais tangíveis da Bahia deve ser integrada, unindo e articulando a sociedade civil e as diversas instâncias dos poderes públicos municipais, estaduais e federais”, afirma o diretor da Dipro/IPAC, arquiteto Felipe Musse. Segundo ele, alguns municípios da Chapada Diamantina e do sudoeste da Bahia já foram visitados. “Em novembro, visitamos Caetité, Guanambi, Érico Cardoso, Piatã, Abaíra e Itaberaba”, diz.
As equipes do Ipac são compostas por técnicos especializados em arquitetura e restauração. Eles participaram de seminários locais e atenderam pedidos das prefeituras municipais para vistorias em imóveis de importância histórica, perímetros de tombamento e orientações técnicas para agentes municipais e a sociedade civil organizada.
Poligonal e imóveis
“Não é somente Salvador que tem de um importante acervo arquitetônico-histórico, mas também centenas de cidades baianas que dispõem de imóveis e obras de arte extremamente relevantes para a história e a cultura do nosso estado”, acrescenta Musse. Em Caetité, o convite partiu da sociedade civil organizada, com participação efetiva do Ministério Público do Estado (MPBA).
Localizada no sudoeste, a cidade tem 11 bens culturais tombados oficialmente como Patrimônio pelo Estado da Bahia e uma poligonal de proteção estadual do centro histórico da cidade que reúne cerca de 400 imóveis de relevância urbanístico-arquitetônica.
No mês de novembro, os especialistas do Ipac participaram das ‘Oficinas Teóricas e Práticas de Conservação e Restauro em Bens Edificados e Integrados’ promovida pela Associação da Memória e do Patrimônio Cultural de Caetité (AMPC). “Além disso, temos demandas de outros municípios e aproveitamos fazer orientação técnica a cada prefeitura”, completa Musse.
Metas para 2019
Também por meio da Dipro, nos últimos três anos, o Ipac realizou serviços de manutenção e conservação de 60 imóveis de propriedade do Estado e que estão no perímetro do Centro Histórico de Salvador. Entre eles, destacam-se as reformas nos Largos Tereza Batista, Quincas Berro D’água e Pedro Arcanjo, além de três estacionamentos no Pelourinho que estavam com processos na Justiça.
Até o fim de 2019, o Ipac tem como meta realizar orientações especializadas e serviços nos territórios de identidade da Chapada Diamantina, do Sisal, Litoral Sul, Baixo Sul, Sertão do São Francisco, Bacia do Paramirim, Litoral Norte, Agreste Baiano e Portal do Sertão. A Dipro/Ipac ainda promove restauros de peças de arte e imóveis sob sua responsabilidade. As informações são do Ipac.