Na posse, a grande estrela foi Michelle Bolsonaro fazendo discurso em linguagem de sinais. Porém, o primeiro gesto do novo ministro da Educação, Vélez Rodriguez, foi acabar com a secretaria que cuida da educação de surdos. Ainda não se sabe quem cuidará dessas ações – ou se cuidará. Veja trecho publicado nesta quarta (2) pelo jornal Folha de S. Paulo. “A atual Secadi [Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão] será desmontada e em seu lugar surgirá a subpasta Modalidades Especializadas”.
Segundo a Folha apurou, a iniciativa foi uma manobra para eliminar as temáticas de direitos humanos, de educação étnico-raciais e a própria palavra diversidade. A nova pasta deve continuar a articular as ações de educação especial, de jovens e adultos, educação no campo, indígena e quilombola. A Secadi foi criada em 2004 com o objetivo de fortalecer a atenção especial a grupos que historicamente são excluídos da escolarização.
De acordo com descrição das atribuições da secretaria, as políticas orientadas pela subpasta devem considerar “questões de raça, cor, etnia, origem, posição econômica e social, gênero, orientação sexual, deficiências, condição geracional e outras que possam ser identificadas como sendo condições existenciais favorecedoras da exclusão social”. A Folha lembrou que Bolsonaro, durante a campanha, atacou apolíticas a grupos vulneráveis, o que classificou como coitadismo. As informações são da Folha de S. Paulo e redação do Catraca Livre.