A reportagem de André Guilherme Vieira informou que a primeira-dama Michelle Bolsonaro terá seu sigilo fiscal averiguado pela Receita Federal, apurou o Valor Econômico. De acordo com a publicação, no procedimento fiscal aberto pela Receita, a partir das informações reveladas por levantamentos financeiros do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o Fisco passou a investigar 27 deputados estaduais do Rio de Janeiro e 75 servidores da Assembleia Legislativa fluminense que tiveram movimentações bancárias classificadas como atípicas ou suspeitas pela unidade de inteligência financeira é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiado por Sergio Moro.
O Coaf recebe informes de bancos e instituições financeiras quando operações efetuadas no sistema bancário apresentam características que sugerem tentativa de burla. Ocorre que um dos investigados pelo Coaf e agora pela Receita, Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito e ainda deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) – também investigado pela Receita –, realizou depósito em cheque no valor de R$ 24 mil na conta corrente de Michelle Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro já buscou justificar a operação, dizendo tratar-se do pagamento de um empréstimo que ele teria feito a Queiroz e que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro quitou por meio de depósito na conta de Michelle. Bolsonaro alegou não ter tempo para ir ao banco. Em tese, o presidente poderá dar explicações à Receita caso o empréstimo a que se referiu não conste de sua declaração de imposto de renda. Michelle não é alvo central da apuração do Fisco. Mas foi atingida por ter recebido pagamento de um dos principais investigados, Queiroz. As informações são de Diário do Centro do Mundo.