Artistas que tocaram no Carnaval 2018 pela Bahiatursa ainda não receberam o pagamento referente ao trabalho prestado no período. O problema, que já encontra-se em investigação no Ministério Público da Bahia (MP-BA), sob os cuidados da promotora Rita Tourinho, também tem relação com o Conselho do Carnaval (Comcar), que não enviou ao órgão estadual o nome de todas as atrações que tocaram, para fins de pagamento.
Segundo o músico Osvaldo Guimarães, o Lobo Mau, da banda Só Samba de Roda, a situação se arrasta há um ano sem resposta. Após ser convocado pelo MP para uma reunião, com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre a situação, o Comcar não compareceu e manteve-se em silêncio. A Bahiatursa também não apresentou nenhuma resposta.
“Não aguentamos mais esperar. Já dei entrada com uma representação no Ministério Público e espero que a pressão seja feita para que os artistas pais de família que tocaram recebam o valor acordado”, afirma o músico soteropolitano. Ele afirma que tem provas de que cumpriu com o conbinado e tocou durante a festa momesca do ano passado. Mesmo assim, conta, a situação ainda não foi resolvida pelo Comcar e pela Bahiatursa.
“É um absurdo”, brada Lobo Mau, que é um dos membros do Coletivo de Músicos e Produtores da Bahia (CMB). Ele explica que, à época do Carnaval 2018, o Comcar exigiu que as atrações tivessem contrato com uma produtora já cadastrada, para tornar o processo de pagamento menos burocrático. Mesmo assim, nenhum valor foi quitado. As informações são de assessoria.