No dia 27 deste mês, as turmas do 3º ano/semestre do curso técnico integrado e subsequente de mineração do campus do Ifba de Jacobina, na Chapada Norte, acompanhadas pelos docentes da área de geologia Talita Gentil, Baldoíno Dias Neto e Frederico Zogheib, estarão em campo para identificar e classificar os materiais rochosos presentes ao longo da BA-368, partindo de Jacobina até as proximidades de Várzea Nova. Na ocasião, além de registros fotográficos de aspectos geológicos relevantes, serão coletadas amostras para preparo e posterior envio a laboratórios de análise química parceiros.
Análises petrográficas, que consistem na identificação dos minerais não observados a olho nu, também serão realizadas. A elaboração de descrição dos afloramentos com as interpretações dos dados será o foco da avaliação. “A região de Jacobina é mundialmente conhecida pelas mineralizações auríferas em conglomerados. Durante a execução de vários mapeamentos, pode-se caracterizar a Serra de Jacobina como uma importante província metalogenética do estado da Bahia, encerrando uma série de depósitos minerais, dentre eles o ouro, cromo, manganês, a barita, esmeralda, além de outros em menor expressão, como ametista”, explica a professora Talita, coordenadora da ação.
Dentre os locais a serem visitados, estão as imediações da Ladeira Vermelha/Inocoop e do Hotel Serra do Ouro, para reconhecimento geomorfológico e definição de rochas do Complexo Mairi, como os granitos, ao lado da análise e descrição dos conglomerados com anomalias auríferas; entrada principal da cidade, a fim de observar quartzitos de coloração verde, típica da região, e com marcas onduladas; aspectos das Formações Tombador e Caboclo (que representam o ambiente oceânico que ocorreu na região a, aproximadamente, 1 bilhão de anos); afloramento na rodovia BA-368, em direção ao distrito Lages do Batata, para observar argilitos e diamictitos (estes últimos marcam a presença do período glacial, a cerca de 900 milhões de anos); e, por fim, proximidades de Várzea Nova, para visitação do sítio geológico da Fazenda Arrecife, onde constam evidências da vida macroscópica na Terra.
“O conhecimento básico-técnico sobre rochas, minerais, minérios e seus processos de formação torna-se um importante aliado do estudante para alcançar bons resultados ao longo do curso e em pesquisas futuras. Participar de uma visita técnica favorece a atitude investigativa, possibilitando a inter-relação entre teoria e aplicação no cotidiano. É no campo que o aluno pode apreender os vários aspectos que envolvem o estudo, tanto naturais quanto sociais, interpretando a região onde vive e trabalha, produzindo seu próprio conhecimento e adquirindo competência para tornar-se um agente transformador em seu meio”, destaca Talita. As informações são de assessoria.