O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República monitorava, no último domingo (24), um aumento substancial no número de mensagens trocadas entre caminhoneiros para uma possível paralisação no próximo dia 30. Em 2018, uma greve do segmento paralisou o país e impactou na economia. Os principais líderes do movimento atuam, via redes sociais, para articular o maior número possível de caminhoneiros dispostos a bloquear as principais estradas do país, a exemplo do que ocorreu no ano passado. A organização de um novo protesto ocorre devido ao não cumprimento de compromissos assumidos por ministérios do governo Temer.
Diante dos fatos, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, o GSI, sob o comando do general Augusto Heleno, passou a acompanhar atentamente as movimentações dos caminhoneiros pelas redes sociais, com o uso de espiões infiltrados na categoria. Investigações preliminares, realizadas no âmbito do GSI, revelaram a articulação por meio de mensagens privadas, em grupos formados nas redes sociais, que articulam paralisações em todo o território nacional, no próximo dia 30 deste mês.
Paralisações
O governo, no entanto, trabalha para impedir qualquer tipo de obstrução de rodovias e evitar que caminhões interrompam suas entregas e gerem os transtornos observados na greve realizada pela classe, ao longo de quase um mês inteiro. Os caminhoneiros, porém, buscam o cumprimento das pautas acordadas no governo do presidente Michel Temer, atualmente preso em uma cela na sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro.
Ao longo da última semana, o presidente das associações Abrava e BrasCoop, Wallace Landim, hoje representante da classe de caminhoneiros, no país, reuniu-se com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; e com a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Os profissionais das estradas querem melhores condições de trabalho e maior rentabilidade no frete, para o qual reivindicam o piso mínimo da tabela.
Outra reivindicação dos caminhoneiros é a redução no preço cobrado pelo óleo diesel, que sofre alterações diárias. Landim afirma ser contrário à paralisação marcada para o próximo dia 30; mas sublinha que paralisações não estão descartadas. Jornal da chapada com informações de Correio do Brasil.