Uma reunião do Conselho de Representantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na última terça-feira (7) nos Estados Unidos manteve o bloqueio ao processo de análise de ingresso do Brasil e de outros países no grupo, segundo o jornal Valor Econômico. Durante a visita do presidente Jair Bolsonaro ao país, em março, foi anunciado que os anfitriões iriam apoiar a entrada do Brasil, o que ainda não ocorreu.
O governo de Donald Trump elogiou a “posição de liderança” do Brasil em abrir mão do Tratamento Especial e Diferenciado (TED), que permite flexibilidade maior nos acordos comerciais da Organização Mundial do Comércio (OMC), para tentar entrar na OCDE, mas não fez nada mais direto para garantir esse acesso. Bolsonaro anunciou em 19 de março que abriria mão do TED e em contrapartida Trump afirmou que daria “apoio para que o Brasil inicie o processo de acessão com vistas a tornar-se membro pleno da OCDE”.
A reunião foi a última antes da conferência ministerial nos dias 22 e 23 deste mês em Paris, era vista nos meios diplomáticos como a ocasião ideal para desbloquear a demanda do Brasil e de outros países que querem entrar na OCDE. A delegação americana afirmou, contudo, que não estava instruída para uma decisão sobre novos membros.
Existe uma proposta americana, feita em dezembro, para que a Argentina entre no grupo, assim como a Romênia, conforme desejo da União Europeia. Esse documento não foi alterado para incluir o Brasil ao lado dos vizinhos argentinos. Se o Brasil for incluído, os europeus devem querer outro representante do seu continente, e a Bulgária também negocia sua entrada no bloco. O ministro da Fazenda, Paulo Guedes, deve comparecer à conferência ministerial da OCDE este mês. Jornal da Chapada com informações do site Correio 24h.