O Brasil parou nesta quarta-feira (15) com atos contra os cortes em diferentes áreas da educação realizados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Na Bahia, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) acompanhou as manifestações do ‘Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação’. Nas redes sociais, nos sites de notícias e pela televisão, o parlamentar viu a força da juventude tomar as ruas e não deixou de criticar a gestão federal. “Precisamos aprovar o orçamento impositivo para educação e impedir que os ‘Bolsonaros da vida’ possam cortar os recursos do setor Porque o país sem educação não tem futuro. Os governos do PT ampliaram a educação superior no Brasil e isso resultou em maior acesso a universidades. Bolsonaro não tem o direito de cortar orçamento do que é um dos maiores patrimônios do povo brasileiro: a educação pública”.
Dos Estados Unidos, o presidente da República tentou descaracterizar as manifestações dizendo que “são uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil”. Em resposta, o deputado Valmir Assunção disse que quem tomou as ruas foram os afetados pelos cortes. E que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não conseguiu explicar como o governo vai devolver esse dinheiro. “São estudantes e trabalhadores das universidades e institutos federais e da educação básica, todos que foram atingidos pelos cortes irresponsáveis. Weintraub faz da crise um projeto, porque ele quer promover a privatização do ensino público. O corte é ideológico, o governo tem o projeto de destruir a educação pública”.
Nesta quarta, na Câmara, Weintraub usou powerpoint para tentar explicar os cortes. Para Valmir, o ministro não conseguiu dizer ‘coisa com coisa’. “Ele não soube explicar como os recursos serão realocados. Não conseguiu convencer ninguém e deixou a gente com ainda mais dúvidas”, salienta Valmir. O parlamentar petista lembra que a juíza Renata Almeida de Moura Isaac, titular da 7ª Vara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia, pediu à União justificativa, em até cinco dias, de cada um dos bloqueios orçamentários que impôs às instituições de ensino superior no Brasil. “Eles terão que explicar de alguma forma”, frisa. O governo de Bolsonaro bloqueou R$ 7,3 bilhões, que afetam do ensino infantil à pós-graduação.
“O que esse governo tem feito para destruir a educação no Brasil é inacreditável. Mas os estudantes, professores, técnicos e a população estão nas ruas lutando pela valorização da educação e isso significa repor os recursos que foram cortados”, completa Valmir. Para o petista, a responsabilidade do ensino superior é do governo federal. “A responsabilidade da educação básica é dos governos estaduais e municípios. E o governo federal não pode se desobrigar da sua missão que é fundamental na educação e que foi destinada. O governo então, não pode desamparar esse grande crescimento fundamental que foi feito no ensino superior pelos governos do PT”, finaliza.