Um alerta foi feito pelo presidente dos Combatentes de Incêndios Florestais de Andaraí (Cifa), Homero Vieira, nesta ‘Semana do Meio Ambiente’. Ele entrou em contato com o Jornal da Chapada e chamou a atenção para a quantidade enorme de combustíveis que tem se formado nas matas do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) e ao seu entorno. Para Vieira, o clima úmido e as chuvas ocasionais dos últimos meses possibilitaram esse acréscimo de combustíveis que pode ocasionar em perigosos incêndios em matas fechadas e também em áreas próximas de residências.
“Esse acúmulo e crescimento de combustíveis eu nunca tinha visto na Chapada Diamantina. Somado a isso, o controle eficiente dos pequenos focos de incêndios florestais que nos faz viver em um barril de pólvora. Sei que isso, com certeza, não passa despercebido pelos governos [estadual e federal] e nem pelos órgãos envolvidos”, salienta Homero em entrevista ao Jornal da Chapada.
Ele ainda lembra dos anos anteriores e das dificuldades para apagar incêndios na região e às margens do PNCD. “Quero deixar aqui, como já ocorreu em outros anos, um chamado para que todos os atores possam se articular para que possamos minimizar drasticamente os efeitos nefastos dos incêndios florestais. Devemos aprender com os outros anos e não podemos deixar para se mobilizar apenas quando acontecer o mal maior”, completa.
Ainda conforme Homero Vieira, se continuar assim nos meses quentes do ano vai ser complicado e pode gerar desastres ambientais maiores dos que já foram vistos nos últimos anos. “Em 2019, se nos meses que historicamente são quentes continuar assim estaremos na iminência de desastres. No anos anteriores alguns deles foram registrados e tememos que voltem a acontecer e, dessa vez, com a atenuante de que este ano temos bastante combustíveis nas matas”, alerta.
Jornal da Chapada
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