Com os últimos acontecimentos, principalmente o vazamento de conversas entre o atual ministro da Justiça Sérgio Moro e o procurador do Ministério Público Federal Deltan Dallagnol, os protestos podem ganhar novos contornos nesta sexta-feira (14), data que centrais sindicais de todo o país convocaram trabalhadores de diversas categorias para uma greve geral. O objetivo, de acordo com líderes das entidades, é protestar contra o projeto do governo de reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro, mas com as novas notícias de uma possível armação para incriminar o PT e o ex-presidente Lula, preso na operação Lava Jato, ordenada pelo então juiz federal Moro e o procurador Dallagnol, as manifestações devem ter um apelo político mais forte.
Também fazem parte das reivindicações temas como maior geração de empregos formais, retomada do crescimento da economia e contingenciamento na Educação. Segundo os movimentos, a prioridade no entanto é que os trabalhadores “cruzem os braços” a partir da madrugada, com manifestações sendo utilizadas como complemento à paralisação. Os protestos devem atingir cidades do interior da Bahia, além de Salvador. Transportes vão parar na capital, tanto ônibus e metrô. Os sindicatos dessas categorias já emitiram nota para a imprensa para confirmar a adesão. “É uma greve de 24h. Não haverá nenhum tipo de transporte público circulando em Salvador na sexta-feira”, afirmou Fábio Primo, presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia. Ele disse ainda que o serviço de transporte será também interrompido em outras cidades baianas.
Bancários, professores, rodoviários e metroviários, além de estudantes e militantes de partidos políticos, membros de movimentos sociais e a sociedade em geral vão engrossar as trincheiras do movimento. “A luta para barrar essa reforma da Previdência é de cada um de nós. Já conseguimos em 2017, vamos conseguir novamente nesta sexta-feira”, diz texto da Central Única dos Trabalhadores (CUT) da Bahia. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), a greve é organizada pelas principais centrais sindicais.
Em Salvador, estão marcados dois atos públicos: às 7h, na Rótula do Abacaxi, e às 15h, no Campo Grande. A APLB ainda orienta a paralisação da rede estadual nos dias 13 e 14 de junho. Apesar da greve geral confirmada, a prefeitura de Salvador informou que as atividades das repartições públicas municipais, assim como as unidades que prestam serviços essenciais, terão funcionamento normal. Segundo a Secretaria de Gestão (Semge), os servidores que faltarem sem justificativa terão os pontos cortados. O órgão informa, ainda, que cada caso de ausência, se houver, será avaliado individualmente, inclusive levando em conta uma eventual paralisação de ônibus. Jornal da Chapada com informações do A Tarde, Bahia Notícias e Metro 1.