O prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto defendeu nesta segunda-feira (17), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que teve conversas vazadas publicadas pelo site ‘The Intercept’ onde orientou ações da Operação Lava Jato, com procuradores do Ministério Público Federal.
“Com o que saiu até agora, eu não acho que abala em nada a credibilidade e liderança do ministro Sério Moro. Pode haver discussão sobre alguns termos, ele próprio disse que foi descuidado. Mas não acho que seja nada que justifique nem questionar as decisões da Lava Jato, nem o trabalho correto que o ministro Moro vem fazendo pelo Brasil”, disse, nesta segunda (17), durante evento no Palácio Thomé de Souza.
O ministro da Justiça irá à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado nesta quarta-feira (19) para se explicar aos senadores. Neto reiterou ainda o “combate a corrupção, enfrentamento aos desvios e as coisas erradas que acontecem no Brasil”, feita pela Operação. “A Lava Jato teve um papel importantíssimo no Brasil ajudando a virar uma página espúrias que aconteceram entre a política e setor empresarial. O que tem até agora não tem força para comprometer o trabalho do ministro”, ressaltou.
Governo Bolsonaro
O prefeito de Salvador comentou a saída do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, que pediu demissão no domingo (16). Levy entregou carta de demissão, após Bolsonaro ter tido à impressa que ele estava com a cabeça a prêmio e caso Levy não demitisse o diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Pinto, Bolsonaro o demitiria sem passar por Paulo Guedes (Ministro da Economia). Conforme Neto, a forma de “demitir” do presidente é um estilo dele, porém, baixas no Governo em tão pouco tempo, coloca em dúvida à gestão.
“Eu procuro muito preservar minha equipe, meus colaboradores. São pessoas da minha confiança. O presidente da República tem o estilo dele. É o estilo de cada um. Essas mudanças todas em tão pouco tempo, elas geram, uma dúvida quanto à continuidade administrativa do governo, que é uma coisa importante. Quando se começa um trabalho tem uma perspectiva de médio e longo prazo. Agora é direito do presidente nomear e demitir quem ele quiser da sua equipe. Quem se dispõe a trabalhar com esse estilo, tem que está preparado. Se fosse eu faria diferente”, disse, nesta segunda-feira (17), durante a assinatura de ações para impulsionar o turismo da capital baiana. As informações são do site BNews.