O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu encerrar mais cedo que o esperado a primeira sessão para discutir a reforma da Previdência no plenário da Casa. Por volta das 23h30 da terça-feira (9), Maia anunciou que os debates continuariam por mais 30 minutos e, em seguida, os parlamentares votariam o encerramento de discussão. Assim, ficou para esta quinta-feira o enfrentamento do chamado kit obstrução, conjunto de manobras da oposição para ganhar tempo e atrasar os trabalhos.
Mais cedo, havia a previsão de que os requerimentos de obstrução fossem votados ainda na madrugada. Com a mudança de estratégia, o plenário terá que votar cinco requerimentos de adiamento de votação, além de um requerimento de votação por parte. A expectativa é que seja convocada uma sessão para as 9h desta quarta-feira. Vencidos os requerimentos, a votação do texto base da reforma ficaria para o início da tarde.
“Vou seguir mais 30 minutos de debates, e depois a gente vota o encerramento”, anunciou Maia no fim da noite. “Vamos começar a sessão [quarta] às 9h. Vou sentar aqui às 10h30. De 10h30 às 11h vou abrir para três (deputados) de um lado, três de outro e às 11h a gente começa a ordem do dia”. Antes disso, o plenário rejeitou por 331 votos o primeiro requerimento da oposição para retirar a reforma da pauta. Deputados comemoraram o resultado, pois são necessários 308 votos a favor para aprovar a reforma.
Após uma reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que a votação deve mesmo ficar para quarta. Antes de votar o texto, é preciso analisar os requerimentos de adiamento de votação, apresentados pela oposição como parte do chamado kit obstrução (manobras regimentais para protelar a discussão). A análise desses requerimentos deve entrar pela madrugada.
Diante disso, os líderes que apoiam a reforma consideram arriscado colocar a proposta em votação durante a madrugada. Por isso, a intenção é que o texto-base da reforma seja votado na quarta-feira. Durante o dia, governo e parlamentares discutem mudanças no texto da reforma. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro atua para abrandar mudanças para agentes de segurança pública, deputados negociam a inclusão de estados e municípios na reforma, além de mudanças para a aposentadoria das mulheres. As informações são do jornal O Globo.
Veja como foram as sete horas de debates