A tática do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para aprovar a reforma da Previdência na Câmara Federal voltou a ser criticada pelo deputado baiano Valmir Assunção (PT). Durante votação do segundo turno da proposta, que terminou na madrugada desta quarta-feira (7), o parlamentar petista denunciou que Bolsonaro aprovou a medida “por meio da promessa de liberação de emendas”. Foram 370 a favor e 124 contra. “São cerca de R$3 bilhões em emendas, além de loteamento de cargos no segundo e terceiro escalão. Uma negociação vergonhosa, digna da ‘nova’ política implementada pelo governo federal desde janeiro. Mas a luta continuará no Senado”, salienta Valmir.
O deputado baiano diz que a economia que Bolsonaro diz fazer “é em cima de quem ganha até dois salários mínimos e que tal economia [que beira R$4 trilhões em 20 anos] só será possível se as pessoas deixarem de se aposentar. O grande objetivo do governo é abrir as portas para a capitalização da previdência, que só gera lucros a bancos em detrimento da capacidade das pessoas se aposentarem concretamente”. Assunção salienta que voltou a votar não, assim como no primeiro turno, e lembra que sempre foi contra a medida.
“Votei não nos dois turnos por entender que essa reforma impede que a parcela mais pobre da população tenha acesso à previdência pública”. O petista completou chamando Bolsonaro de caloteiro, por não pagar à Bahia os recursos devidos ao governo Rui Costa (PT). “Não liberou o dinheiro nem dos contratos. São mais de R$500 milhões devidos. Isso é um problema para quem governa o Brasil e não podemos concordar com essa sabotagem”. As informações são de assessoria.