O presidente da Indústria Brasileira de Árvores (IBA), Paulo Hartung, e o diretor-executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), Wilson Andrade, foram recebidos pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Nelson Leal (PP), nesta quarta-feira (7), no gabinete presidencial, para um encontro que discutiu os rumos do setor de árvores plantadas em território baiano. Os visitantes pediram apoio do legislativo estadual para tornar o segmento mais conhecido pela população, além disso, destacaram as vantagens econômicas de ampliá-lo. Ciente dos impactos positivos na geração de emprego e renda em regiões do território baiano, o gestor da casa legislativa garantiu apoio do parlamento no plano para apresentar ao povo o setor e suas possibilidades.
“O segmento de árvores plantadas é um segmento importante para a economia. A Bahia, inclusive, tem um potencial fantástico. Para se ter um exemplo, as árvores daqui crescem até oito vezes mais rápido que alguns países da Europa. Se tratando de Brasil, temos um país de dimensões continentais e isso nos dá a oportunidade de ampliar ainda mais. E o melhor: toda essa madeira é certificada, serve para a confecção de diversos produtos. Pode ter a certeza de que vai contar com o apoio integral da Assembleia Legislativa da Bahia”, afirmou Leal, acompanhado dos colegas parlamentares Alex Lima (PSB), Eduardo Salles (PP) e Marcelo Veiga (PSB).
Atualmente, o assunto é acompanhado de perto pela Casa por meio das comissões do Meio Ambiente e a da Agricultura, além de proporcionar debates com a sociedade civil a partir de reuniões organizadas pelas Frentes Parlamentares Ambientalista e da Indústria. De acordo com um relatório anual da IBA, lançado nesta quarta durante o IV Congresso Brasileiro de Eucalipto, a Bahia possui 657 mil hectares de área com florestas plantadas. Deste total, 94% são destinados ao plantio de eucalipto, posicionando o estado no 4º lugar no ranking nacional de cultivo deste tipo de espécie. Ainda de acordo com o documento, de 2007 a 2018, a área plantada cresceu o equivalente a 70 mil hectares.
Segundo Paulo Hartung, a partir do setor de floresta plantada, se produz cerca de cinco mil produtos, embora a população ainda não tenha clareza sobre este dado. Pisos de madeira, mesa, papel, carvão vegetal e caixas de medicamentos são apenas alguns itens produzidos pelo segmento florestal. Hartung destacou também a geração de 234,5 mil empregos, somente na Bahia, em 2018. “O crescimento do setor de árvores plantadas traz benefícios diversos. Ele gera emprego e melhora a renda das regiões em que está inserido. Além disso, tem um importante papel ambiental. Cada árvore que a gente planta, quando começa a crescer retém o CO2. Isso dá uma conexão direta entorno do clima do planeta”, afirmou, enfatizando a importância ambiental do setor.
Wilson Andrade, da ABAF, chamou a atenção para as possibilidades de renda adicional que a silvicultura oferece aos produtores que somam o plantio de eucaliptos a outros cultivos. “O produtor pode plantar o eucalipto com espaçamento maior e deixar o capim se desenvolver entre as árvores. Ele também pode optar por dividir a fazenda em lotes para mamão, pecuária, café, por exemplo. Isso é inteligente, pois amplia a renda e, em caso de baixa em alguma colheita, equilibra as finanças com o eucalipto”, explicou. As informações são de assessoria.