Organizadores, produtores e curadores de eventos literários da Bahia se reuniram nesta sexta-feira (16), no Plenário Antônio Milton Ramos Oliveira, em Mucugê, na Chapada Diamantina. O I Encontro de Eventos Literários, que integrou a programação da Feira Literária de Mucugê (Fligê), foi realizado a partir de parceria entre a Fundação Pedro Calmon (FPC) e a Secretaria da Educação do Estado.
Estiveram presentes representantes da cadeia do livro e leitura dos municípios de Andaraí, Jequié, Mucugê, Salvador, Canudos, Ibiquera, Feira de Santana, Palmeiras, Ilhéus, Barra da Estiva, Ituaçu, Castro Alves, Seabra, Ibicoara e Caetité. O bate-papo foi conduzido pelos secretários estaduais de Cultura, Arany Santana, e da Educação, Jerônimo Rodrigues, a curadora da Fligê, Ester Figueiredo, a secretária de Educação de Mucugê, Marilene Bastos, e o diretor-geral da FPC, Zulu Araújo.
Na ocasião, Zulu apresentou as ações desenvolvidas pela FPC nos eventos literários, visando nortear e dialogar sobre diferentes formas de apoio do Estado nesses projetos. A ‘Campanha Leia e Passe Adiante’, ‘O violão e a Palavra’, a unidade móvel da Bibex e o ‘Conversando com a sua História’ foram destacados. “Nossa atuação é pautada a partir do Plano Estadual do Livro e da Leitura, aprovada em 2014, que regulamenta as ações de promoção do livro e difusão da leitura”, explicou o gestor da FPC.
Neste mesmo sentido, Jerônimo Rodrigues apontou encaminhamentos, entendendo a importância desses eventos para a educação da Bahia. “Precisamos sair daqui com datas, propostas e acordos que firmem as relações entre esses eventos, calendarizando a execução das mesmas”, concluiu.
Grupo de trabalho
Como resultado, um grupo de trabalho foi montado com representantes da FPC, das secretarias estaduais de Cultura e da Educação, do Conselho de Cultura, de editoras baianas e das festas literárias. Um próximo encontro ficou marcado para o dia 28 deste mês, com encaminhamentos estruturantes.
Um deles foi norteado pelo secretário de Cultura, Turismo e Meio Ambiente de Mucugê, Euvaldo Ribeiro. “Precisamos chamar o empresariado, pois as prefeituras podem não dá conta de sustentar esses eventos, na escala necessária e plausível”, indicou Euvaldo.
Diretora da editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba), Flavia Rosa se manifestou quanto à necessidade de pactuar um olhar regional na curadoria e na concepção. “Precisamos pensar numa forma de protagonizar as editoras, editores e nomes baianos nesses eventos literários, para termos mais autonomia e produtividade local”.
Mesa literária
Ainda nesta sexta (16), Zulu mediou a mesa ‘Afrofuturismo: o devir-negro e a literatura’ com os escritores baianos Wesley Correia e Jamille Borges (consultara da Fligê). Num bate-papo descontraído, os participantes falaram de suas experiências de resistências, de escrita e olhar que desenvolveram sobre afrofuturismo. As informações são de assessoria.