Em sua 5ª edição, o Festival Radioca inova em formato e anuncia sua primeira data na Sala Principal do Teatro Castro Alves, reunindo três shows no mais importante palco da Bahia: Tim Bernardes (SP), Tiganá Santana (BA) e Amaro Freitas Trio (PE). No dia 6 de novembro (quarta-feira), as apresentações sequenciadas começam às 19h30 e colocam em cena três dos mais inventivos nomes da música contemporânea brasileira, numa noite de fina categoria. Ingressos do 1º lote custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), à venda pelos canais da Ingresso Rápido. O Radioca segue até o dia 10 de novembro, compondo cinco dias de programação e ocupando diferentes espaços da cidade de Salvador.
Tim Bernardes, músico, compositor, produtor musical e multi-instrumentista, membro da banda O Terno, lançou em 2017 seu primeiro trabalho solo, “Recomeçar”, agora no Radioca apresentado pela primeira vez em Salvador, logo após retorno de turnê por Portugal. Neste disco, Tim gravou todos os instrumentos, pensou os arranjos orquestrais de cordas, sopros e harpa e, ainda, assinou a produção e a mixagem – uma multifuncionalidade que marca sua trajetória enquanto artista e como um dos grandes compositores de sua geração. Com consagrado reconhecimento nacional, foi ainda indicado ao Grammy Latino de 2018 como Melhor Álbum de Música Alternativa em Língua Portuguesa.
Lançando seu quarto álbum no Radioca, do selo sueco ajabu!, o compositor, cantor, instrumentista, produtor musical e pesquisador baiano Tiganá Santana apresenta um trabalho focado em canções, configurando um caminho estético que não percorria há algum tempo. A textura sonora se diferencia bastante dos discos anteriores, com presença mais significativa de instrumentos eletrônicos ao lado dos acústicos. O show também traz temas que marcam a carreira do artista, primeiro na história fonográfica do Brasil a gravar, como autor, canções em línguas africanas. Ao seu lado no palco, estão Sebastian Notini (percussão), Jeferson Cauê (percussão), Aline Falcão (teclados, acordeom e voz), Ldson Galter (baixo) e Leonardo Mendes (guitarra e violão de aço), para introduzir o público num universo poético-sonoro a evocar nuanças e possibilidades incomuns.
A cultura de Pernambuco transborda naturalmente no estilo de Amaro Freitas, pianista e compositor que é uma das grandes revelações do jazz brasileiro recente e que vem pela primeira vez à Bahia. Influenciado pelo mestre do frevo Capiba, por Moacir Santos, Hermeto e Gismonti, mas também pelas grandes referências do piano jazz, como Monk, Jarrett ou Corea, lançou o seu disco de estreia, “Sangue Negro”, em 2016. Para além do sempre predominante samba jazz, Amaro volta-se para a cultura nordestina e traduz frevo, baião, maracatu, ciranda e maxixe para a linguagem do jazz. Acompanhado de Jean Elton (baixo acústico) e Hugo Medeiros (bateria), o trio convida a desbravar novas rotas e experimentar a capacidade percussiva do piano, em complexos padrões matemáticos, ritmos imprevisíveis e hipnóticos. As informações são e assessoria.