Mais uma denúncia sobre a situação de atraso salarial dos servidores do Hospital Regional da Chapada, que fica no município de Seabra, foi encaminhada ao Jornal da Chapada esta semana. Algumas colocações dos funcionários apontam que, mesmo com as denúncias, a situação não é regularizada e existem até coação para que eles trabalhem e não se manifestem sobre os atrasos. A última denúncia registrada foi em 18 de junho e publicada por este site (veja aqui). Nela, os funcionários estavam há quase três meses sem receber. A situação ainda continua alarmante, pois segundo um dos funcionários, a administração tem obrigado eles a trabalhar mesmo com o salário atrasado.
“Nossa situação no hospital é que estamos três meses sem receber e mesmo assim eles obrigam a gente a trabalhar”, afirma um funcionário que preferiu não se identificar. Além do atraso salarial os funcionários são coagidos a não fazer greve, segundo a denúncia. “Muitos têm medo de fazer greve com medo de perder o emprego, estamos com aluguel, luz e água atrasados. Fora os pais de família que não estão colocando a comida na mesa”, salienta um dos denunciantes. Diante da situação, tem funcionário que não têm mais dinheiro para custear o transporte até o trabalho. “Essa empresa [que administra o hospital] é uma vergonha, a minha situação é que eu não tenho dinheiro para sair de casa para chegar até o hospital e estou pegando emprestado. É muita vergonha, muita falta de respeito com o trabalhador”, afirma outro funcionário prejudicado com o fato.
Na denúncia, o grupo de servidores frisa várias situações enfrentadas por eles devido ao atraso salarial, tais como intimação por atraso de pensão alimentícia, recebimento de cesta básica por não ter condições de comprar comida e funcionário doente sem condições de comprar remédios. “Temos aqui pessoas que estão sendo intimadas para depor porque não tem dinheiro para pagar pensão. Funcionário que chegou ao ponto de receber cesta básica por não ter condições de comprar o que comer e funcionário doente que não tem condição de comprar remédio, o descaso com a gente está muito grande”, completam os denunciantes.
Na última reportagem, publicada pelo Jornal da Chapada, foi informado que são mais de 400 funcionários de todos os setores que estavam sem receber seus vencimentos e questionados sobre a existência de um sindicato para defender os trabalhadores, os denunciantes falaram que o sindicato apenas desconta na folha e que não sabem informar o nome do sindicato que atua. E a solicitação do número do sindicato foi negado pelo RH (Recursos Humanos). A reportagem tentou, durante toda a manhã desta sexta-feira (6), mas não conseguiu uma resposta da direção do hospital sobre o assunto.
Jornal da Chapada
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