Um ato público em defesa da Petrobras, com a criação de uma rede de apoio pela permanência da estatal no Estado, foi realizado nesta segunda-feira (23), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). O evento foi uma iniciativa da bancada do PT na Casa, em parceria com o Sindicato de Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA). Segundo o sindicato, o ato chegou a reunir cerca de duas mil pessoas. Além de servidores e terceirizados da empresa, estavam presentes representantes de mais de 10 cidades do interior do estado, incluindo Alagoinhas, Araçás, Camaçari, Candeias, Cardeal da Silva, Catu, Entre Rios, Esplanada, Madre de Deus, Pojuca, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé.
“A Petrobras irriga a economia da Bahia como um todo, atuando direta e indiretamente com quase 20 mil empregos em 21 cidades. Na nossa visão, a saída da Petrobras vai empobrecer o estado e prejudicar a Bahia”, afirmou o diretor de comunicação do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), Radiovaldo Costa. Os prefeitos de Alagoinhas, Araçás, Candeias, Cardeal da Silva, Catu e Entre Rios também estiveram presentes na manifestação.
“Essas cidades serão diretamente impactadas com a saída da Petrobras da Bahia. Nós iremos manter uma luta intensa nas próximas semanas, porque o nosso objetivo real é garantir o emprego das pessoas”, completa Costa. As atividades da Petrobras na Bahia compreendem a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), a Transpetro, a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), a Petrobras Biocombustíveis (PBio), o prédio administrativo (Ediba), termoelétricas e campos terrestres.
Participaram do evento o ex-diretor de produção e exploração da Petrobras, um dos responsáveis pela descoberta do pré-sal, Guilherme Estrella; o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Nelson Leal (PP); o senador Jaques Wagner (PT); o coordenador Geral da FUP, José Maria Rangel e do economista e pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), William Nozaki.
Segundo o Sindipetro-BA, além do possível fechamento da Ediba, “resultando na transferência da maioria dos cerca de 1.500 trabalhadores diretos e na rescisão dos cerca de 2 mil terceirizados”, há grave impacto na economia do estado. De acordo com o sindicato, a Petrobras tem, hoje, na Bahia, cerca de quatro mil trabalhadores concursados e outros 13 mil terceirizados, divididos em todas as unidades da empresa. Além da venda da Torre Pituba, também já foi anunciada a venda de unidades como a RLAM, Transpetro, Biodiesel, além de alguns campos terrestres, termoelétricas e o fechamento da Fafen. Jornal da Chapada com informações do Correio 24h.