A ‘Operação Mata Atlântica em Pé’, que ocorreu no estado na semana passada, fiscalizou 27 alvos baianos e aplicou R$ 371 mil em multas no estado até a última sexta-feira (20), conforme balanço da ação divulgada pelo Ministério Público (MP-BA), na segunda (23). A ação tem como objetivo combater o desmatamento e garantir a proteção de regiões que integram o bioma da Mata Atlântica.
Segundo o promotor de Justiça Fábio Côrrea, que coordena o Núcleo Mata Atlântica (Numa), do MP da Bahia, a operação se estende no estado baiano nesta semana. A ação é do Ministério Público do Paraná e, além da Bahia, ocorreu em outros 15 estados brasileiros. Entre eles Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Mais de 260 hectares de áreas desmatadas foram embargadas na Bahia durante a primeira semana da operação. Além da multa, foram emitidos 16 autos de infração em razão da retirada irregular de vegetação nativa, cerca de 802 metros de carvão vegetal e quase 49 metros de lenha foram apreendidos e 13 fornos que eram utilizados para produzir carvão vegetal ilegalmente foram destruídos.
De acordo com o MP-BA, os embargos foram feitos para garantir a recuperação das áreas ou a regularização delas. As fiscalizações aconteceram com o apoio da Polícia Militar, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e órgãos estaduais ligados à questão ambiental, sendo na Bahia o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
De acordo com dados do Instituto SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Mata Atlântica ocupa apenas 12% da sua cobertura original e se situa numa área onde vivem mais de 70% da população brasileira. Os dados, de acordo com o promotor Fábio Côrrea, explicam o motivo do esforço conjunto do MP nacional para coibir o desmatamento nas áreas identificadas como mais ameaçados, nos quais estão sendo realizadas as fiscalizações. Jornal da Chapada com informações do site G1BA.