O turismo religioso em Alagoas, distrito que fica a 14 quilômetros da sede do município de Itaberaba, na Chapada Diamantina, terá fomento do governo estadual. Conforme reunião na última quinta-feira (10) com representantes da Secretaria do Turismo do Estado (Setur) e das Obras Sociais de Maria Milza a região pode desenvolver infraestrutura para manter a tradição de 64 anos e continuar atraindo milhares de pessoas à vila, durante a romaria que ocorre nos dias 26 e 27 de novembro, para agradecer milagres atribuídos a ela ou pedir alguma graça.
Segundo José Antônio da Silva Rodrigues, responsável pela continuidade das obras de Maria Milza, a religiosa é conhecida na região como ‘Mãezinha dos Pobres’ e desde pequena já demonstrava sinais de “ter uma ligação muito forte com os fenômenos da espiritualidade”. Aos 32 anos, ela teria presenciado a aparição de Nossa Senhora. “A partir daí, ela recebia as informações da santa e as transmitia para o povo”, conta Rodrigues. A casa de Mãezinha foi transformada em santuário que, durante todo o ano, recebe fiéis.
Além disso, o local ainda cuida de crianças e idosos através das obras sociais deixadas por ela, que morreu há 23 anos. Na reunião, conduzida pelo superintendente de Serviços Turísticos da Setur, Márcio Franco, e também com a participação do presidente da Câmara Municipal de Itaberaba, Antônio Andrade Santos Neto, ficou acertada a elaboração de um projeto de fomento ao turismo religioso na região, a ser encaminhado à Setur.
A secretaria, por sua vez, realizará no distrito uma oficina de capacitação, que inclui noções conceituais de turismo, produção associada e qualidade no atendimento, ministrada por José Tito, do segmento de Turismo Religioso da Diretoria de Qualificação e Segmentos. Também participou da reunião a assessora especial da Setur, Eloísa Caldeira.
Devoção
Por causa de Maria Milza, o vilarejo de Alagoas tornou-se um destino religioso muito visitado na Bahia. As histórias de curas e milagres atribuídas a ela atraem pessoas de todo o Brasil e outros países a casa onde a religiosa viveu. Moradores da região contam que bastava Maria Milza dar água benta ou colocar a mão em pessoas com problemas de saúde que elas ficavam boas.
As romarias são realizadas durante o mês de novembro, quando ocorre a festa oficial do povoado. Os fiéis formam longas filas para fazer orações e pedidos. Velas, cartas e ex-votos, levados por romeiros ou fiéis, podem ser encontrados na casa onde a religiosa morou. As informações são de assessoria.