O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como líder de uma organização criminosa que desviou dinheiro público. O documento afirma que o grupo também realizou lavagem de dinheiro. “As provas permitem vislumbrar que existiu uma organização criminosa com alto grau de permanência e estabilidade, entre 2007 e 2018, destinada à prática de desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro”, diz o ofício do MP divulgado pela TV Globo na noite da última quinta-feira (19).
Na última quarta-feira (18) foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador. Segundo o MP, o ex-assessor Fabrício Queiroz “arrecadou maior parte da remuneração de funcionários fantasmas do então deputado estadual Flávio Bolsonaro”. As ações, segundo o documento, eram consentidas pelos superiores: “Queiroz não agiu sem o conhecimento de seus superiores hierárquicos, já que ele próprio alegou em sua defesa que retinha os contracheques para prestar contas a terceiros”.
Na quinta-feira (19) o senador publicou um vídeo nas redes sociais negando envolvimento no esquema de corrupção e afirmou que os depósitos que totalizaram R$2 milhões foram feitos no período de 12 anos. “Grande parte, a maioria esmagadora desses recursos são oriundas dos próprios parentes dele que trabalhavam lá também. Ele já falou isso publicamente, que geria os recursos da família. A família depositava o dinheiro em sua conta e ele fazia o que queria com o dinheiro. O que é que eu tenho a ver com isso?”, afirmou.