Paulo Roberto Caldas Osório, acusado de matar o filho, Bernardo, e ocultar o cadáver da criança, teve a denuncia feita pelo Ministério Público acatada pela Justiça do Distrito Federal. Bernardo foi encontrado, dias após o crime, no município de Palmeiras, na Chapada Diamantina.
O funcionário do metrô do DF pegou o bebê de 1 ano e 11 meses na creche. Ele deu à criança suco misturado com medicamento. Bernardo logo começou a passar mal – a polícia encontrou na casa, depois, muito vômito. A polícia acredita que o menino já estava morto quando Paulo Roberto o colocou no carro e saiu de Brasília dirigindo.
Ele deveria levar Bernardo para a mãe, mas para impedir a reação dela mandou uma mensagem para dizer que chegaria logo em breve. Paulo Roberto diz que percebeu que Bernardo já estava morto já na Bahia. Ele abandonou o corpo, na cadeirinha, em uma área à margem da BR-242, na zona rural de Palmeiras.
A denúncia diz que ele agiu para se vingar da ex, mãe de Bernardo, e da avó materna do menino. Ele se sentia injustiçado pela forma como estava sendo cobrado pela pensão e pela maneira que ficou determinada sua visitação ao garoto. Depois, Paulo ainda mandou mensagens para a mãe de Bernardo.
“Boa sorte pra você. Espero que sofra muito. Eu falei que, no dia que você se metesse entre eu e o meu filho, eu ia passar por cima de você. Agora, você está entendendo o recado? Você não vai ver Bernardo mais nunca. Você vai morrer sem vê-lo”, escreveu. O corpo do garoto foi sepultado em Brasília. Paulo está preso na Penitenciária da Papuda.
Para a Promotoria, o crime de homicídio teve três qualificadoras: motivo torpe, emprego de meio insidioso e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A pena pode ser aumentada em caso de condenação pelo fato do crime ter sido praticado contra descendente menor de 14 anos. Paulo ainda foi denunciado por ocultação de cadáver com duas agravantes: motivo torpe e crime praticado contra descendente menor de 14 anos.
Morte da mãe
Paulo Roberto de Caldas Osório ficou internado na ala psiquiátrica da Penitenciária da Papuda, em Brasília, por 10 anos, por ter assassinado a própria mãe. Ele tem esquizofrenia e toma medicamentos controlados. A mãe do menino diz que não sabia do passado do ex-companheiro. Ela só soube da história após conversar com os vizinhos de Paulo, enquanto procurava pelo filho.
Segundo informações do G1, na época em que matou a mãe, em 1992, ele foi considerado inimputável, ou seja, não tinha condições de responder pelo crime devido ao seu transtorno mental. Apesar disso, ele foi aprovado no concurso do metrô, que exige avaliação psicológica. Paulo estava afastados do seu trabalho por 60 dias, devido a uma licença psiquiátrica. Ele atua como agente de estação.
A companhia do metrô disse que não comentaria sobre o caso. “A Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) informa que Paulo Roberto Osório é empregado da empresa e não comentará o assunto, uma vez que os fatos narrados não se relacionam com suas atividades na Companhia”, disse em nota. Com informações do Correio.