Durante sua participação no Roda Vida, da TV Cultura, nesta segunda-feira (20), o ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi questionado por que divulgou a delação do ex-ministro Antonio Palocci quatro dias antes das eleições de 2018, o que teria prejudicado o PT. Moro negou que o fato tenha influenciado no processo eleitoral.
O ex-juiz também foi indagado por Malu Gaspar, repórter da Revista Piauí, se usou de dois pesos e duas medidas, pois ele adiou o julgamento do ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia, alegando que isso poderia intervir na eleição. “O caso da delação de Palocci foi superdimensionado. Não tinha novidade no que ele falou”, disse Moro. O ex-juiz afirmou que o ex-ministro já tinha feito as mesmas revelações em depoimento anterior.
Marielle
Indagado sobre sua mudança de posição em relação à questão da federalização das investigações dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, Moro tentou se explicar. O ministro disse que “num primeiro momento achei melhor encaminhar o caso à Justiça Federal”, justificou Moro.
Ele aina alegou que a ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, teria divulgado que havia uma testemunha fraudulenta. Depois de investigado pela Polícia Federal, de acordo com ele, essa suposta testemunha foi afastada. Em seguida, ele disse que seguiu o posicionamento da família de Marielle, contrário à federalização do caso. As informações foram extraídas da Revista Fórum.
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