Cerca de 35 estudantes e funcionários ocupam o Colégio Estadual Odorico Tavares, que fica no Corredor da Vitória, bairro de classe alta em Salvador. O ato é um protesto contra o fechamento da unidade de ensino. De acordo com Tiago Ramos, vice presidente da União Estadual dos Estudantes da Bahia (UEES), a ocupação é pacífica e começou por volta das 15h desta terça-feira (21). Os alunos denunciaram ainda que policiais militares invadiram a escola, após a ocupação deles.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), confirmou que o Colégio Estadual Odorico Tavares será fechado, e que a área ocupada pelo prédio será leiloada. Por meio de nota, a UEES informou que espera por uma mesa de negociação com os responsáveis da Secretária de Educação da Bahia, para debater sobre o fechamento do colégio e a situação de toda rede estadual de ensino.
Também em nota, a Polícia Militar (PM) informou que agentes da Operação Ronda Escolar e da 11ª CIPM realizavam o policiamento fora do Colégio Estadual Odorico Tavares, enquanto alunos faziam manifestação dentro da unidade de ensino. A PM destacou que, durante o protesto, a guarnição percebeu que havia uma mulher passando mal, além de alguns funcionários e mães de alunos, inclusive uma criança, que pediam para sair do prédio, pois os alunos não estavam permitindo a entrada e saída de ninguém.
Diante do pedido, os militares quebraram o cadeado para que elas saíssem e, em seguida, os jovens voltaram a trancar o portão. A PM continua em frente à escola acompanhando a manifestação. Em nota, a Secretaria de Educação da Bahia informou que técnicos do órgão estão em diálogo com os representantes do movimento estudantil que ocupam a escola. A Secretaria destacou que a matrícula dos 176 estudantes é garantida em unidades próximas da região, como o Colégio Estadual Manoel Novais (Canela), que fica a cerca de 1 km do Odorico; o Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas (Nazaré); e o Colégio Estadual da Bahia – Central (Nazaré).
Ainda em nota, o órgão de educação disse que a transferência para essas instituições pode ser solicitada em qualquer unidade escolar da rede estadual até o dia 27 de janeiro. O tema da venda do Odorico é polêmico entre os alunos da instituição, que fizeram ao menos três manifestações no mês de dezembro, quando foi anunciada a possibilidade de encerramento das atividades da escola. O primeiro protesto ocorreu no dia 4 de dezembro, o segundo no dia seguinte e o último no dia 6. As informações foram extraídas do site G1.