Começou nesta segunda-feira (3) e vai até o dia 13 de fevereiro, a oficina de Construção em Alvenaria de Pedra, na Vila de Igatu, município de Andaraí, na Chapada Diamantina. Conhecida como ‘Cidade de Pedras’, Igatu abriga o primeiro de uma série de cinco encontros sobre a temática realizados até o mês de julho. As atividades são realizadas pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e apoio da prefeitura de Andaraí.
“O objetivo da iniciativa é ofertar à comunidade local conhecimento e apoio técnico para a conservação das edificações a partir do uso do canteiro de obras, conceito que prioriza a troca e a difusão de experiências durante intervenções arquitetônicas. As aulas serão ministradas por construtores locais, mestres artífices na arte da construção em pedra”, diz texto publicado no site oficial do Iphan.
Ainda de acordo com as informações, “os encontros incluirão uma visita guiada pelo distrito com guias e mestres locais, o início da construção de um muro, com demonstrações de técnicas pelos construtores, e a finalização da estrutura pelos próprios alunos. O muro, produto final da oficina, tem como função promover a melhoria da ambiência e da visibilidade do Centro Histórico”.
Essa oficina, faz parte do projeto Ações de Salvaguarda e Conservação do Patrimônio Cultural de Igatu, firmado entre o Iphan e o Ministério Público da Bahia (MP-BA). Conforme dados, “o acordo prevê, além da implantação do Canteiro Modelo de Conservação, a criação de um Plano de Conservação de Igatu e o estabelecimento de diretrizes para intervenções no sítio”.
Vila de Igatu
O conjunto arquitetônico e paisagístico de Igatu é considerado um museu vivo da história da mineração de diamante no Brasil. E foi tombado pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro em 2000. “Encravada entre afloramentos rochosos, ruínas históricas, rios e cachoeiras, Iguatu possui um casario histórico do século XIX, construído com pedras e resquício da época da mineração do diamante na região”, salienta o texto do site do Iphan.
O tombamento abrange as ruínas de habitações de pedra localizadas entre a ponte sobre o rio Coisa Boa e a margem esquerda em direção à trilha do antigo garimpo local. O núcleo original de fundação, datado de meados do século XIX, encontra-se em ótimo estado de conservação e o perímetro tombado possui, aproximadamente, 200 imóveis. Jornal da Chapada com dados do Iphan.
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