Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o BNDES foi obrigado a tornar públicas informações sobre a remuneração de todos os seus empregados, não só dos diretores. Segundo a coluna Painel, da Folha, o banco estatal batalhou na Justiça durante seis anos para manter os dados sob sigilo. O BNDES afirma que a mudança ocorrerá a partir de abril.
A briga nos tribunais começou em 2013, com uma ação civil pública do Ministério Público. O argumento do BNDES é que revelar os salários daria munição a concorrentes para aliciar seus funcionários, gerando aumento da rotatividade.
Após a devassa nas operações financeiras do banco, a remuneração dos funcionários se tornou um ponto de conflito quando veio à tona o pagamento de elevados prêmios e participação nos lucros, embora muitas operações não tenham tido êxito.
O Brasil tomou calote de Venezuela, Cuba e Moçambique em empréstimos concedidos pela instituição a obras de construtoras como a Odebrecht.
Ainda segundo a coluna, Gustavo Montezano, que comanda o banco desde julho, recebe R$ 80,8 mil de salário por mês. É o dobro do teto do funcionalismo federal, limitado pela remuneração dos juízes do STF, de R$ 39.293. Com dados da Folha de S. Paulo.