Dar visibilidade para a importância do 8 de março (Dia Internacional da Mulher), e reforçar a importância do papel político da mulher na sociedade, desde a igualdade de oportunidades, até o combate à violência contra a mulher. Esses foram os pontos centrais de evento realizado pela APLB-Sindicato no município de Seabra, na Chapada Diamantina, na última segunda-feira (9). O evento aconteceu no auditório do Colégio Estadual de Seabra (CES) e contou com representantes de diversos seguimentos da sociedade seabrense e show de voz e violão com Mariza Morena.
A dirigente sindical e diretora do sindicato, Maristonia Rosa Oliveira iniciou o evento descrevendo a importância histórica do 8 de março, “não apenas como um dia de homenagens, mas como um dia de lutas sociais pelo empoderamento das mulheres”. Depois, aconteceu um círculo de palestras com mulheres que atuam na sociedade de Seabra. A primeira palestrante da noite foi a educadora e empresária da cidade, Otilia Leão. Ela destacou a importância do ‘ser mulher’ para a sociedade, “mesmo diante da cultura machista que ainda sobrevive institucionalmente nos espaços de poder, mesmo sendo a mulher que muitas vezes tem o poder de decisão”.
Na sequência, a segunda conferencista da noite, a enfermeira obstetra, Alessandra dos Santos Lima, destacou a importância das políticas públicas para as mulheres dentro de um contexto que a mulher precisa, cada vez mais, buscar se valorizar perante as imposições do universo masculino. Ela reafirmou a atenção que a mulher precisa ter com seu corpo e, sobretudo, com a sua saúde. Já a professora da Uneb, Filismina Saraiva, fez uma análise de conjuntura da importância histórica do Dia da Mulher, marcado por lutas femininas a favor dos direitos do gênero ao redor do mundo.
De acordo com Saraiva, uma das principais reivindicações que marca essa data é com relação à jornada de trabalho exaustiva das mulheres nas fábricas têxteis europeias e americanas no início do século XX, assim como a luta pelo direito ao voto. Ela também fez questão de destacar que “no Brasil temos duas mulheres que não podemos esquecer dentro desse contexto que é a ex-presidente Dilma Rousseff – que foi deposta injustamente, e Mariele Franco – que foi assassinada há quase dois anos”. Segundo a professora, ambas as mulheres são símbolos de resistência contra a opressão do sistema por conta de suas lutas e trajetórias.
Para fechar o evento em homenagem às mulheres, a professora e representante regional da APLB, Adriana Oliveira, falou da importância política da data e das desigualdades de gênero que ainda se perpetuam na sociedade brasileira. Ela enfatizou em seu discurso os direitos sociais que as mulheres vêm conquistando historicamente no Brasil, sobretudo a partir da conquista do voto como forma de empoderamento político, mas que ainda é necessário ampliar o campo de conquistas e debates. Jornal da Chapada com texto base do professor Rodriggo Santana.