A eficiente divulgação do turismo e a consolidação de destinos como Caeté-Açu, mais conhecido por Vale do Capão, no município de Palmeiras, na Chapada Diamantina, podem tomar, agora, um efeito contrário à intenção dos gestores do governo e da rede hoteleira. Os moradores da comunidade, famosa por suas belezas naturais, estão apreensivos, pois a localidade não para de receber turistas do mundo inteiro: o hospital mais próximo fica em Seabra, a mais de 40 quilômetros, para onde acorrem doentes de 21 municípios.
O pequeno posto do Vale do Capão não tem estrutura e nem médicos para tratar doentes com sintomas de coronavírus ou mesmo realizar exames para testar se a pessoa está infectada por Covid-19. Diante da dúvida, já não são poucos os donos de pousadas e restaurantes, além de guias turísticos, a debandarem para outros ares, enquanto a indefinição sobre a doença persistir, pois já há quem tenha formado crença de haver infectados na região.
Refúgio
Há, no entanto, quem pense o inverso, e ofereça ‘refúgio para quarentena’, como um apelo turístico, visando atrair visitantes e, consequentemente, auferir lucros com o aluguel de quartos e hospedagem, sem medo de contaminação. A suspensão da visita ao Parque Nacional da Chapada Diamantina foi uma medida do governo federal para reduzir o fluxo turístico e, consequentemente, os riscos.
O fechamento da entrada do Vale do Capão e o reforço da recomendação para as pessoas permanecerem em suas casas podem ser as próximas iniciativas a serem tomadas, seguindo-se o exemplo dos habitantes de El Chaltén, no sul da Argentina, vila de aspecto similar ao Capão, com quem moradores da Chapada mantêm constante contato. As informações são da coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde.
Publicação da administração do Camping Beira Rio – Seu Dai – aponta que o local está fechado até que se normalize