¨*Por Joy de Utinga
Duas retas inclinadas, uma em direção à outra, desenvolvem-se rapidamente e tocar-se-ão dentro de dois a três meses. Uma representa a elevação exponencial dos casos de Covid-19 e a outra, a quantidade não menos exponencial de pessoas desempregadas e/ou isoladas e sem rendimentos. Esse encontro pode ser desolador desumano e catastrófico.
Os governos municipais, estaduais e federal precisam pensar proativamente e agir em ações humanitárias. Os municípios, mormente, as cidades pequenas, abaixo de 20 mil habitantes, abastecidas apenas por repasses e pequenas receitas próprias e, os Estados, que já vinham quebrados entrarão em colapso.
Resta ao governo federal, que concentra 75% das receitas nacionais, além do poder de medidas econômicas variadas, inclusive emitir moeda, intervir fortemente e reaquecer a economia para evitar um cenário apocalíptico.
Além disso, espera-se da sociedade civil, solidariedade, filantropia e piedade no sentido de que todos aqueles que pregam o cristianismo o pratiquem em sua plenitude, organizando campanhas de arrecadação e partilha que possam garantir a vida humana minimamente digna.
“Só um ser humano pode salvar outro ser humano”, além do absoluto poder de Deus, claro!
*Joy de Utinga é natural do povoado de Amparo (Zuca), que é dividido entre os municípios de Ruy Barbosa e Boa Vista do Tupim. Ele é casado, técnico em contabilidade, graduado em Administração, ex-servidor concursado do Ministério da Saúde e Baneb, aposentado pelo Banco do Brasil e prefeito de Utinga.