Artistas como drag queens, músicos, atores e todos os profissionais que atuam nos bastidores como roadies, produtores e técnicos, estão impedidos de trabalhar e, muito provavelmente serão os que voltarão a trabalhar por último, depois que a pandemia passar. É nesse cenário que toda a classe artística luta para ter essas atividades autônomas no benefício municipal de R$270, recentemente anunciado.
Representante do movimento Drag Power, Petra Perón, performada por Rafael Pedral, elogia a iniciativa do auxílio dado pelo município, mas esclarece que o valor a ser distribuído não contempla todos os trabalhadores autônomos diretamente afetados pelo novo coronavírus.
“Acho Louvável a iniciativa da prefeitura de Salvador de pensar na garantia de uma renda mínima para trabalhadores autônomos da cidade, mas acredito que a gestão municipal tem de pensar como o tamanho de nossa cidade”, afirmou Petra. Até então, o auxílio foi direcionado a ambulantes, guardadores de carro, baianas de acarajé, mototaxistas e motoristas de Uber e taxistas acima de 60 anos.
Perón também argumenta que “a classe artística e de produtores culturais é a primeira que sofre com o isolamento social” e que “os eventos em casas de festas, circuitos e equipamentos culturais foram os primeiros a serem cancelados e devem ser os últimos a voltar, por conta da proibição de aglomerações”.
Em meio ao período de readaptação, Petra Perón, juntamente com outros profissionais da cultura, estão realizando o evento “Festival Dendi Casa”, promovendo palcos virtuais em lives no Instagram. A iniciativa busca, além de oferecer diversão ao internauta, uma forma de arrecadar recursos para estes artistas durante o período.
“Todos os profissionais têm sua importância na sociedade. Neste momento seria possível pensar em isolamento social sem música, filmes, lives de artistas e etc?”, questiona Perón, que cobra soluções da prefeitura sobre a situação dos artistas soteropolitanos. Com informações do site Bahia Notícias.