O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou na última terça-feira (14) que a Casa Branca interromperá o repasse de verbas para a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Continuaremos a nos relacionar com a organização para ver se ela pode rever seus posicionamentos“, disse em entrevista. O presidente acusou a agência intragovernamental de ter conspirado com a China a fim de não revelar informações precisas sobre o novo coronavírus logo no início do surto, em dezembro de 2019.
“O ataque da OMS às restrições de viagens coloca o politicamente correto acima das medidas que salvam vidas”, afirmou o presidente. “A realidade é que a OMS não conseguiu examinar e compartilhar informações adequadamente, de maneira oportuna e transparente”. O congelamento dos fundos ocorre uma semana depois de o chefe de Estado ter desferido ataques à instituição. Trump tem caracterizado as medidas de combate à pandemia propostas pela OMS como “lentas”.
Maiores financiadores
Em sua proposta de Orçamento mais recente, em fevereiro, o governo Trump solicitou uma redução nas contribuições financeiras dos EUA para a OMS de US$ 122,6 milhões para US$ 57,9 milhões. Apesar do Orçamento reduzido, esse número ainda faz dos EUA o principal contribuinte financeiro da agência de saúde global. A China paga a segunda quantia mais alta, US$ 28,6 milhões, seguida pelos US$ 20,5 milhões do Japão.
Abaixo, os sete países que mais contribuíram com a OMS até 31 de março.
• EUA: US$ 57,9 milhões
• China: US$ 28,7 milhões
• Japão: US$ 20,5 milhões
• Alemanha: US$ 14,6 milhões
• Reino Unido: US$ 10,9 milhões
• França: US$ 10,6 milhões
• Itália: US$ 8 milhões
• Brasil: US$ 7,1 milhões