O agora ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi demitido nesta quinta-feira (16) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A demissão ocorre quatro anos depois do então deputado federal fazer campanha e comemorar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na ocasião, deputados que eram favoráveis à saída de Dilma, usavam frequentemente uma placa com a frase “Tchau, querida!”, em alusão a um trecho da ligação entre Dilma e o também ex-presidente Lula (PT), vazada para a imprensa pelo ex-juiz Sérgio Moro, quando atuava na operação ‘Lava a jato’.
Mandetta foi demitido depois de várias ameaças por parte do presidente que não concordava com sua linha de atuação no gerenciamento da crise da pandemia de coronavírus. Outro elemento que contribuiu para a demissão, teria sido o crescente incômodo de Bolsonaro com a popularidade do então ministro da Saúde – que vinha tendo aprovação popular e pela classe política na sua atuação no enfrentamento da pandemia no país.
Segundo pesquisa publicada na última quarta-feira (15), pelo Atlas Político, 76,2% dos brasileiros eram contra à demissão. A pesquisa também indica que 72,2% dos entrevistados concordam com as medidas de contenção da Covid-19 adotadas e incentivadas até então pelo Ministério da Saúde, diferente do que pensa o presidente Bolsonaro – que reiteradas vezes defendeu o isolamento vertical como maneira de, segundo ele, minimizar os impactos econômicos do isolamento horizontal.
Jornal da Chapada
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