Os prefeitos dos municípios de Itaetê, Lençóis e Nova Redenção repercutiram, neste domingo (26), o pedido de demissão do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, do governo Bolsonaro (sem partido), e a crise política que a gestão ultraconservadora se meteu em plena pandemia do novo coronavírus.
Procurados pelo Jornal da Chapada, cada um dos gestores apresentou diferente ponto de vista. A começar pelo prefeito de Itaetê, Valdes Brito (PT). Para ele, as declarações de Moro no pronunciamento de despedida da pasta federal foi uma delação contra Bolsonaro. “O discurso foi mais uma espécie de delação, que uma despedida”, afirma o petista.
Alguns gestores procurados pelo jornal não quiserem opinar no momento, como o prefeito de Ibiquera, Ivan Almeida (PP). Já o prefeito de Lençóis, Marcos Airton, o popular Marcão (PRB), defendeu que para se ter acerto em uma gestão é preciso ter confiança e a relação de Moro e Bolsonaro já não estava boa, devido às intervenções do presidente em investigações da Polícia Federal, o que motivou o afastamento do ex-juiz federal.
“Não posso opinar já que não sei qual o verdadeiro motivo do presidente. Se for o motivo informado por Sérgio Moro, acho que ele [o presidente] tem razão por que trabalho em equipe é importante a confiança”, disse Marcão.
Já a prefeita de Nova Redenção, Guilma Soares (PT), disse que a avaliação do processo começa logo após a eleição presidencial. Além de criticar o governo de Bolsonaro, a única gestora mulher da Chapada Diamantina, disse que Moro tem “colhido o que plantou” dentro da gestão federal.
“Acho que ele se posicionou por promessas de quem ele sabia ser alguém instável, despreparado e inconsequente. Mas fez acordo com esse tipo de gente, por pura ambição, está pagando o preço da ganância e da sede de poder”, completa Guilma Soares.
Jornal da Chapada