O governo federal pagou pelo quilo da cloroquina em pó, medicamento sem eficácia comprovada no combate à covid-19, quase seis vezes o preço pago menos de um ano antes. Uma mesma empresa no interior de Minas Gerais vendeu o produto para o Comando do Exército e para o Ministério da Saúde no intervalo de um ano. O Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército comprou em maio 500 quilos do sal difosfato, a matéria-prima da cloroquina. A encomenda saiu por R$ 652 mil.
A diferença de preço da cloroquina seria em decorrência da pandemia do novo coronavírus Segundo a empresa Sulminas Suplementos e Nutrição Ltda, além do aumento da demanda mundial por um produto até então pouco procurado, o aumento do preço dos fretes internacionais e a variação da cotação do dólar também pesaram no custo. A empresa, principal fornecedora do insumo no Brasil, já entregou ao Exército 100 quilos dos 500 quilos encomendados neste mês.
O Exército respondeu que seu Laboratório Químico e Farmacêutico já havia fabricado 1,25 milhão de comprimidos de difosfato de cloroquina. Segundo o Exército, a previsão de produzir mais 1,75 milhão de comprimidos com o recebimento de mais matéria-prima, previsto para os próximos dias. A fabricação do medicamento pelas Forças Armadas, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda não tem uma previsão total de gastos definida, segundo o Exército. Jornal da Chapada com informações do Folha de São Paulo.