Importante fonte de renda para milhares de famílias da Bahia, as vaquejadas não ocorrem desde o início do distanciamento social imposto para conter o avanço do novo coronavírus. A interrupção dos eventos tem trazido graves problemas econômicos aos profissionais que se sustentam graças ao circuito de provas que acontecem durante todo o ano no interior do Estado.
Para minimizar os efeitos econômicos causados aos vaqueiros e demais trabalhadores envolvidos nesta cadeia, o deputado estadual Eduardo Salles (PP) protocolou na Assembleia Legislativa da Bahia uma indicação, elaborada em conjunto com entidades ligadas à vaquejada, para o governador Rui Costa (PT), solicitando a liberação do governo estadual para a realização de vaquejadas sem a presença de público e cumprimento de todos os protocolos sanitários impostos pelos órgãos de saúde aos outros setores em funcionamento.
“As vaquejadas são tradicionais e responsáveis pela geração de milhares de empregos em vários municípios baianos. Minha indicação pretende oferecer uma forma de realizarmos o evento, reativando uma enorme cadeia produtiva, mas com todos os cuidados necessários para evitarmos a propagação do novo coronavírus”, explica Eduardo Salles, autor da lei que regulamentou as vaquejadas e cavalgadas como prática desportiva na Bahia.
Assim como fez com a lei de sua autoria que regulamentou as vaquejadas e cavalgadas na Bahia, Eduardo Salles construiu o texto em parceria com o advogado Marcelo Carvalhal, com o vice-presidente da ABVAQ (Associação Brasileira de Vaquejada), Walmir Veloso, o locutor Pedro Guerra, o proprietário de haras Ricardo Brito e muitos outros representantes da vaquejada na Bahia.
Na proposta, as vaquejadas aconteceriam sem a presença de público, com os vaqueiros tendo acesso ao parque apenas no momento de sua participação na pista, disponibilização de álcool em gel a 70%, obrigatoriedade do uso de máscara para competidores e organização, distanciamento de três metros entre os caminhões e cada veículo com apenas o tratador e seu auxiliar, proibição de qualquer aglomeração e outras ações sanitárias.
Eduardo Salles cita ainda que as inscrições serão feitas pela internet, o evento será transmitido de forma virtual, o esporte não tem contato entre os competidores, locutor e juiz ficam sozinhos em espaços distantes e existe a possibilidade de evitar aglomeração nos currais e porteiras. O parlamentar sugere ainda que a TVE, emissora pública que faz parte do IRDEB (Instituto Baiano de Radiodifusão Educativa da Bahia), ligado à Secretaria Estadual de Educação), transmita as vaquejadas, assim como sites regionais.
O deputado faz questão de ressaltar que reconhece os esforços feitos nas esferas federal, estadual e dos municípios no combate à disseminação do novo coronavírus, mas acredita que a proposta elaborada em conjunto com as entidades da vaquejada oferece segurança sanitária e é uma forma de retomar gradativamente a economia neste setor que emprega milhares de pessoas no Estado.
“Entendo perfeitamente as preocupações que possam existir pelas autoridades de saúde e estamos abertos a melhorar o protocolo que elaboramos”, diz o parlamentar. “A retomada econômica vai acontecer com o esforço conjunto dos governos federal, estadual e municipais sem preocupações partidárias. Sem dúvida, a realização desses eventos permitirá, principalmente aos municípios pobres do interior baiano, a movimentação econômica e a retomada de empregos”, finaliza Eduardo Salles. As informações são de assessoria.