Preso na última quinta-feira (18) em Atibaia, Fabrício Queiroz visitou o Rio e Saquarema no ano passado, segundo o radialista Márcio Motta, ex-presidente regional do PSL e amigo do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos). As informações foram publicadas pelo jornal O Globo do domingo (21). Em entrevista à repórter Bette Lucchese, da TV Globo, Motta confirmou que buscou Queiroz em Atibaia e o levou ao Rio para ver a família.
“Eu realmente fiz esse percurso, foi para a casa dele no Rio”, disse Motta. “Ele ficava ali [em Atibaia] o tempo todo, por conta do tratamento, tudo, e às vezes dava uma saudade muito grande da família. Ele é um paizão. Uma pessoa que tem muito cuidado com a família”. “Foi no ano passado”, afirmou.
“No local que eu peguei foi Atibaia. A gente marcou na rua. Talvez na rua da casa”, disse ele, referindo-se ao imóvel que pertence a Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. O depoimento de Motta contradiz a declaração de Wassef, de que o ex-assessor estava há pouco tempo no escritório dele. O radialista afirmou que conversava por telefone “frequentemente” com Queiroz e que ele estava há mais de um ano em São Paulo.
Ele também afirmou à TV Globo que Queiroz foi duas vezes a Saquarema por conta própria ver o filho jogar futebol. Ele disputou o Campeonato Carioca Sub-20 pelo clube Sampaio Corrêa. Motta afirmou que é amigo e defensor das bandeiras da família Bolsonaro. “Minha ligação com a família de Bolsonaro é de um radialista, que se tornou amigo. E principalmente um defensor das bandeiras da família.”
Por meio da quebra de sigilo telefônico conseguida por ordem judicial, os investigadores do MPRJ tiveram acesso a um contato específico: “Motta Amigo”. As mensagens estavam no celular de Márcia Oliveira de Aguiar, cabeleireira, ex-assessora do então deputado estadual Flávio Bolsonaro na Alerj e mulher de Queiroz. Ela está foragida.
“A Marcia era aquela pessoal mais frágil do processo, juntamente com as filhas, né?, e o filho e ficou realmente sem um suporte para entrar em contato com o marido, que não estava fugido, mas precisava fazer esse tratamento”, disse Motta. Em uma das mensagens conseguidas pelo MPRJ, Márcia diz que vai desligar o celular porque estava “chegando na nossa área”. Motta disse que ela desligava o celular ao chegar a Atibaia. “Provavelmente, o que acontece: eles entravam em Atibaia e desligavam o celular”. As informações foram extraídas do G1.