A Chapada Diamantina possui grande diversidade ecológica e ambiental em seu território, abrangendo, por exemplo, três biomas brasileiros: Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Por conta disso, há uma variedade importantíssima na flora – o que contribui diretamente na diversidade da fauna, principalmente das aves. E para mostrar um pouco desta biodiversidade, que a região abriga, a bióloga e gestora ambiental Cristine Prates transmite ao vivo aves que visitam comedouro no quintal.
Em entrevista ao portal G1, Cristine revelou que, impossibilitada de ir a campo por conta da pandemia, resolveu levar as aves e a natureza para os amantes do meio ambiente sem sair de casa. A bióloga criou um perfil nas redes sociais dedicado às aves da Chapada Diamantina onde reside há três meses. Pela conta virtual, ela divulga fotos, vídeos e ainda realiza transmissões ao vivo das aves que aparecem no comedouro instalado no quintal.
“A minha ideia com o ‘Birding Chapada Diamantina’ é, além de guiar pessoas que já são observadoras, tentar incluir a observação de aves como uma atividade de turismo oferecido na região para todos os tipos de pessoas. Aumentar o número de admiradores das aves é a minha maior missão”, conta a bióloga em entrevista ao G1.
A divulgação tem o objetivo de levar informação para todos sobre a particularidade de cada ave e a importância ecológica que exercem na natureza. “Busco acrescentar informações sobre o comportamento das espécies, área de distribuição e ainda falar alguma curiosidade para enriquecer o conhecimento, pensando sempre numa linguagem acessível”, explica.
Duas espécies são exclusivas da região, como o papa-formiga-do-sincorá e o tapaculo-da-chapada-diamantina. O local é ainda casa de espécies restritas aos diversos domínios naturais que possui. Atrai observadores de aves principalmente pela variedade de beija-flores, como o chifre-de-ouro, beija-flor-vermelho, beija-flor-marrom e o beija-flor-de-gravata-vermelha.
“O beija-flor-de-gravata-vermelha é uma ave cheia de cores, de cauda dourada, encontros de verdes, um capuz preto e uma gravata de sete cores do arco-íris. É endêmico da Bahia, encontrado apenas no norte da Serra do Espinhaço, habitando os Campos Rupestres aqui da Chapada Diamantina”, completa.
A profissional já trabalhou no Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama na Paraíba, no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves do ICMBio e no Projeto de Reintrodução da Ararinha-azul, e como guia de observadores de aves na Chapada Diamantina. Pela internet, a guia atualmente vende quadros com fotografias de diversas espécies feitas por ela.
A ideia é que futuramente outros produtos como camisetas, bonés e livros sobre a biodiversidade da Chapada Diamantina sejam comercializados em parcerias com artistas da região para movimentar a economia local. A matéria completa pode ser vista aqui.
Jornal da Chapada