A prefeitura de Lençóis, na Chapada Diamantina, apresentou na última terça-feira (4), durante transmissão ao vivo pelas redes sociais, a fase de preparação e adequação do ‘plano de controle e reabertura do turismo’ no município. Conforme nota de assessoria, a expectativa é que a partir de 1º de setembro de 2020 visitantes possam entrar na cidade. No entanto, isso dependerá diretamente da adesão e comprovação das empresas de turismo aos novos protocolos sanitários e também da situação geral do sistema de saúde.
O prefeito Marcos Airton (Republicanos), o popular Marcão, ressalta, por exemplo, que caso haja aumento expressivo do número de casos de covid-19 “poderá ser decretado novamente o fechamento ou mesmo o ‘lockdown’ na cidade”. Ele destaca ainda que as atividades serão retomadas de forma gradual e monitorada. “A ideia não é, nesse primeiro momento, lotar a cidade, mas sim reaquecer aos poucos a economia e oferecer a oportunidade de nos adequarmos gradualmente às novas normas e comportamentos sanitários. Temos um grande compromisso social e este passo tem que ser dado com responsabilidade”, frisa o gestor.
A outra novidade que vem sendo estudada para melhoria constante do setor é a cobrança de taxa de turismo, que deve ser implantada em breve. No primeiro momento da abertura, apenas visitantes com reservas já realizadas em meios de hospedagem com o cadastro do Ministério do Turismo (Cadastur) e alvará de funcionamento especial pandemia, e com apresentação do comprovante na barreira sanitária, poderão entrar em Lençóis. O processo de autorização de funcionamento incluirá instruções online para cumprimento de protocolos, vistoria pela equipe de saúde com orientações personalizadas e assinatura de termo de responsabilidade sanitária.
Os protocolos exigem, por exemplo, a aferição de temperatura antes do ‘check-in’ e consumo em restaurantes, suspensão de funcionamento de área de lazer infantil e uso obrigatório de máscara. Recomendam ainda a elaboração de políticas específicas a serem adotadas e comunicadas aos visitantes pelos prestadores de serviços turísticos: para remarcação da viagem, cancelamento, no-show (não comparecimento), por exemplo. Além disso, há também orientações caso seja identificado um suspeito de contaminação.
O plano de controle da reabertura do turismo de Lençóis baseou-se nos manuais atualizados das entidades representativas, de qualificação, e nas demais normas vigentes de saúde, analisados em longas reuniões setoriais no Conselho Municipal de Turismo (Contur). O termo de responsabilidade sanitária precisará ser assinado e cumprido por todas as empresas ligadas aos diferentes setores do turismo: meios de hospedagem, alimentos e bebidas; agências de turismo; transporte turístico; atrativos turísticos; guias de turismo e condutores; eventos e artesanato (produção associada ao turismo).
Confira alguns dos prazos principais estabelecidos no plano:
Até 10 de agosto – prazo para que empresas de turismo e prestadores de serviços enviem por e-mail ([email protected]) os protocolos já criados para análise e validação pela Prefeitura Municipal. Estabelecimentos devem indicar fontes de pesquisa utilizadas para criação dos protocolos. Caso ainda não possua o documento, poderá aguardar a publicação no Diário Oficial e divulgação pela Secretaria de Turismo e Cultura e Conselho Municipal de Turismo.
Até 14 de agosto – publicação oficial da lista municipal de protocolos sanitários obrigatórios para prestadores de serviço e empresas do turismo em Lençóis.
A partir de 14 de agosto – realização de eventos online para orientações sobre os protocolos e marcação das vistorias.
A partir de 20 de agosto – realização de vistorias aos estabelecimentos interessados na abertura.
A partir de 20 de agosto – assinatura do Termo Sanitário pelas empresas aptas a voltar a funcionar.
A partir de 20 de agosto – análise do percentual de empresas adequadas e dos serviços que poderão ser oferecidos aos visitantes.
1º de setembro – Possível reabertura para o turismo em Lençóis – Essa data poderá ser alterada a qualquer momento. Condicionada ao número de empresas com termo sanitário aprovado pela Vigilância Sanitária; às condições gerais do sistema de saúde; e às recomendações das autoridades sanitárias sobre a pandemia do novo coronavírus. As informações são de assessoria.