O deputado federal Marcelo Nilo (PSB-BA) ‘abriu a caixa de ferramentas’ e disparou contra diversos membros da legenda que, conforme o parlamentar, estariam tomando decisões não em prol do partido, mas em causa própria. Sobrou até para a companheira de partido e de Congresso Nacional, Lídice da Mata (PSB-BA).
Em entrevista ao portal Muita Informação, Nilo explicou que tudo começou com a escolha do nome que iria representar a sigla para as eleições à prefeito no município de Poções, na região sudoeste do estado. Para o deputado, “há uns cinco ou seis cartoriais, que juntando tudo não dá 10 votos”, que estão determinando os rumos do partido para o pleito de novembro deste ano.
“Tem uns cinco ou seis que juntando tudo não dá dez votos e são essas pessoas que definem a vida da gente. Eu tinha pedido a eles Poções primeiro, local onde fui o mais votado e que há um candidato competitivo”, disse Nilo, ao referir-se ao atual vice-prefeito da cidade, Jorge Luiz Lemos.
Porém, conforme o parlamentar, a escolha dos “chefes” do PSB foi a de “ceder” o município ao presidente da Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), Rodrigo Hita, o que beneficiaria ao atual gestor de Poções, Leandro Araújo Mascarenhas.
“São eles quem estão decidindo minha vida, que tive 115 mil votos. Trinta anos como deputado sendo decidido por pessoas que não tem voto, não tem representatividade”, disse Nilo, sem se referir a quem seriam essas pessoas.
Recorrer
Também ao portal Muita Informação, ele disse que iria recorrer da decisão tomada pela Executiva Estadual junto à Diretiva Nacional do PSB. Porém, acredita que tem poucas chances de reverter a situação.
“Não dá tempo de reunir a Executiva Nacional. Se eu tivesse tempo, com certeza eu ganharia, pois eu tenho todos os critérios. Se houver julgamento, eu ganho. Fiquei muito chateado, pois não entrei no partido para ser sublegenda de ninguém”, alfinetou.
Ainda segundo o parlamentar, uma das responsáveis pela decisão foi a também deputada federal Lídice da Mata. Eles não chegaram a conversar sobre o assunto. “Conversa com Lídice? Foi ela quem fez isso tudo. É apenas um vetor o qual ela decide. Mas, eu e ela temos que ter o mesmo tratamento dentro do partido”, disse.
Marcelo Nilo finalizou afirmando que a decisão do PSB foi tomada para, segundo ele, atender a um vereador, que seria subordinado a Mascarenhas, mas traiu o partido votando com Josias Gomes (PT), para deputado federal e Sandro Régis (Democratas), para deputado estadual.
“Eu nunca imaginei um negócio desses. Eu pensei que estava em um partido no qual as coisas são decididas a favor do partido e não por interesses pessoais de alguém”, comentou o parlamentar. A redação foi extraída do site Muita Informação.