Em sua tradicional live nas redes sociais nesta quinta-feira, 6, o presidente Jair Bolsonaro lamentou os quase 100 mil mortos por conta do coronavírus no Brasil. Ao lado do general Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, o chefe do Planalto afirmou que a população deve “tocar a vida”. Um pouco antes, Pazuello disse que a população terá que se acostumar a mudar certos hábitos, já que o vírus continuará perigoso até a “vacina chegar e medicamentos tiverem comprovação científica”.
Ele ainda comparou o coronavírus com a epidemia da Aids nos anos 1980: “Essa historia do HIV é interessante fazer comparativo. Nós vivemos essa pandemia e os hábitos mudaram. As pessoas usam preservativo, diminuem convivência social em alguns casos, trocam gilete no barbeiro. Isso tudo não existia. O HIV continua existindo, o maior se trata e vida que segue. Vai ser assim com o coronavírus”.
O presidente voltou a fazer propaganda da hidroxicloroquina como forma de tratamento da covid-19. Não existe comprovação científica sobre o uso do medicamento no caso do novo coronavírus: “Quem não quer tomar cloroquina, não tente proibir, impedir quem queira tomar, afinal de contas, ainda não temos uma vacina e não temos um remédio comprovado cientificamente”, disse. “A negação de um medicamento a quem está doente não pode ser de um prefeito ou governador. Quem decide é o médico”, completou.
Jair Bolsonaro ainda voltou a responsabilizar “alguns prefeitos e governadores” pela alta do desemprego. Ele criticou as medidas mais drásticas de fechamento de atividade econômica, como ‘lockdowns’, e citou que a perda de empregos é um “efeito colateral” mais grave do que o causado pelo próprio vírus. Nesta quinta (6), o IBGE informou que o Brasil encerrou o segundo trimestre com a maior taxa de desemprego em três anos e redução recorde no número de pessoas ocupadas, como consequência das medidas de contenção da pandemia de coronavírus. As informações são da Veja.