O Ministério Público Federal negou o pedido do senador da República Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Bolsonaro, para mudar a data da acareação entre ele e o empresário Paulo Marinho na investigação do suposto vazamento da operação Furna da Onça.
A operação da Polícia Federal investigou esquemas de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio ligados ao ex-governador Sérgio Cabral. Flávio Bolsonaro, na época deputado estadual, não era investigado, mas um relatório produzido no âmbito da operação apontou movimentação financeira suspeita do ex-assessor dele na Alerj, Fabrício Queiroz.
Paulo Marinho diz ter ouvido do próprio Flávio que um delegado da Polícia Federal vazou informações da operação. Flávio Bolsonaro nega.
A acareação está marcada para o dia 21 deste mês, no Rio de Janeiro. A defesa do senador informou que ele não vai comparecer nesta data porque, por lei, parlamentares têm direito a marcar dia, local e hora para seus depoimentos. Os advogados vão questionar ainda a atuação do procurador responsável pela investigação.
A Globo não pode mais dar detalhes sobre outra investigação, a das rachadinhas, conduzida pelo Ministério Público do Rio. A pedido do senador Flávio Bolsonaro, principal investigado, a 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio proibiu a Globo de divulgar documentos e informações do inquérito, sob sigilo. A Globo vai recorrer. As informações são do G1.