O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a ser criticado na imprensa nacional e nas redes sociais depois que compartilhou um vídeo em que nega haver queimadas na Amazônia. O material, que o responsável pela pasta diz ter recebido, na verdade, tem imagens da Mata Atlântica, inclusive de um mico-leão-dourado, que não é típico da Floresta Amazônica.
“Recebi este vídeo, ‘Amazônia não está queimando’…”, escreveu o ministro. A campanha foi produzida pela Associação de Criadores do Pará. Em inglês, a narração do vídeo afirma que a Amazônia não está queimando de novo. Além disso, responsabilizam povos indígenas pelas queimadas. Segundo o vídeo, os índios brasileiros queimam parte da floresta para conseguirem plantar e produzir alimentos. Eles afirmam que essa ação é “cultural e de pequenas proporções”.
Recebi este vídeo, “Amazônia não está queimando” … pic.twitter.com/l6iG0uGhhU
— Ricardo Salles MMA (@rsallesmma) September 9, 2020
Segundo o vídeo, os responsáveis por preservarem a Floresta Amazônica são os produtores rurais da região. Apesar de o ministro negar o problema, os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, mostram houve um aumento das queimadas na região. Em agosto, o Inpe indicou que foram 29.307 focos de queimadas, 12,4% acima da média histórica.
Na a ONG WWF aponta que, entre janeiro e agosto de 2020, o total de focos de incêndio na Amazônia foi 39% maior do que a média dos últimos dez anos. Jornal da Chapada com informações do G1.