A TV Cultura, emissora pública ligada ao governo do Estado de São Paulo, aponta que o “evento adverso grave” com a vacina Coronavac foi o suicídio do voluntário que participava dos testes. A emissora teve acesso ao laudo do Instituto Médico Legal (IML). A informação foi confirmada posteriormente pela TV Globo e o jornal O Estado de S. Paulo, nesta terça-feira (10).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, em nota, que suspendeu os estudos clínicos da vacina Coronavac, uma das que estão em estudo contra o novo coronavírus. Procurado, o Butantan disse que não pode comentar. Em entrevista coletiva, o presidente do instituto, Dimas Covas, se recusou a dar detalhes do caso, alegando questões de ética em pesquisa e de sigilo, mas assegurou por mais de uma vez que o evento adverso citado pela Anvisa não tem relação com a vacina.
De acordo com a agência, esse evento adverso ocorreu em 29 de outubro. Agora, a agência reguladora vai analisar os dados observados até o momento e julgar sobre o risco/benefício da continuidade do estudo. Esse tipo de interrupção nos estudos, segundo a Anvisa, é parte dos procedimentos de Boas Práticas Clínicas para estudos desenvolvidos no Brasil.
“Com a interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado. A Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes”, acrescentou a agência, em nota.
A Coronavac está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Dez dias antes do “evento adverso grave” ser registrado, ela foi considerada a vacina mais segura dentre todas as testadas pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. Jornal da Chapada com informações da Agência Brasil e portal UOL.