Uma das baianas de acarajé mais famosas da Bahia, Jaciara de Jesus, conhecida como Cira, morreu nesta sexta-feira (4), em Salvador. De acordo com uma das filhas de Cira, Cristiane de Jesus, a baiana tinha 69 anos e estava internada há cerca de 18 dias, no Hospital São Rafael, unidade de saúde particular da capital baiana.
“Mainha sentiu sintomas de problemas renais. Ela já tinha passado por transplante. Meu irmão deu um rim a ela e uns 20 anos depois ela começou a ter problemas. Ela teve Covid-19 em abril e ficou bem, não sentiu nada. Agora, veio para o hospital com esses sintomas renais e faleceu. Ainda não tenho o detalhe da causa da morte, mas a internação foi com esses sintomas”, disse.
Cristiane informou que a família ainda está resolvendo as questões sobre sepultamento, mas disse que vai realizar o desejo da mãe, de enterrá-la no bairro de Itapuã. “Nós moramos em Itapuã e o desejo de mainha era ser enterrada lá”, ressaltou. A filha da baiana informou ainda que a mãe deixou um legado, não apenas para a família, mas para os baianos, com a continuidade da tradição do acarajé.
“Ela sempre foi muito forte, trabalhou a vida toda com isso e hoje todos nós trabalhamos com o acarajé. Deixou um legado, com certeza”, completou. O acarajé de Cira é um dos mais conhecidos de Salvador e ela possui quiosques em diversos bairros de Salvador (Piatã, Itapuã e Rio Vermelho) e um em Lauro de Freitas, na região metropolitana.
Em 2019, Cira conversou com o G1 no dia da baiana do acarajé. À equipe de reportagem ela disse que já atuava há 50 anos fazendo acarajé e que criou todos os filhos trabalhando como baiana. Falou também do tempo de trabalho pesado, em que carregava saco de feijão na cabeça, mas destacou o momento de sucesso coma venda do quitute que é tão apreciado por baianos e turistas. Na ocasião, ela disse: “Tudo o que eu tenho é de acarajé”. As informações são do G1.