O Ministério da Saúde planeja investir R$250 milhões para oferecer o medicamento hidroxicloroquina e o antibiótico azitromicina no programa Farmácia Popular. Essas duas drogas não têm eficácia comprovada contra o coronavírus, mas o presidente da República Jair Bolsonaro defende o uso delas para o enfrentamento da pandemia.
O plano pretende gastar o dinheiro do cofre público para distribuir o ‘kit covid’ gratuitamente em farmácias. Há mais de 2,5 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina sem uso, estocados pelo governo, mas eles não fazem parte do kit.
No Farmácia Popular, os estabelecimentos conveniados entregam medicamentos de graça ou com até 90% de desconto e recebem reembolso pelo valor que pagam à indústria.
O estudo para incluir os medicamentos no Farmácia Popular acontece desde julho em sigilo no ministério. Essa semana, recebeu aval jurídico e está agora sob o controle do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.