O comércio baiano deve registrar crescimento nas vendas de 2,4% em dezembro, mês do Natal, momento que é considerado mais importante para o varejo no ano, de acordo com a projeção da Fecomércio-BA.
As empresas devem faturar 11,2 bilhões de reais, sendo o melhor resultado para o mês desde 2015. Em relação a dezembro de 2019, o aumento deve ser de 263 milhões de reais, quando no ano passado o faturamento foi de R$ 10,9 bilhões.
“Quando são realizadas as pesquisas de intenção de compra de presentes para o Natal, em primeiro lugar sempre fica o grupo de vestuário e calçados. No entanto, para este ano a tendência é que o setor apresente retração nas vendas de 18,9%”, analisa o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
“São vários os fatores apontados para esse desempenho. A pandemia e o trabalho remoto reduziram a necessidade de compra de roupas novas, a própria dificuldade financeira das famílias, o cancelamento de festas de fim de ano das empresas e dos tradicionais amigos secretos”, cita o economista.
De acordo com o IBGE, a queda de preços de cerca de 8% na RMSA, no acumulado do ano, dos produtos de vestuário, não foi suficiente para reanimar o consumo neste segmento.
Por outro lado, os setores que devem se destacar neste último mês do ano são os de Materiais de Construção com alta de 40,7% e Móveis & Decoração com crescimento de 32,2%.
Outro setor que deve mostrar forte alta nas vendas é o de eletrodomésticos e eletrônicos, de 14,8%.
Já os setores básicos da economia (supermercados e farmácias) devem apontar elevação no faturamento de 12,1% e 8,1%, respectivamente. Os cosméticos e perfumes também figuram na parte alta da lista dos produtos de desejo de compra para o Natal.
Nos supermercados, embora a perspectiva seja positiva, a alta média de 13%, dificulta a organização do orçamento doméstico e deixa menos espaço para gastos em outros setores.
As demais variações são dos segmentos de Concessionárias de Veículos com retração anual de 27% e do grupo Outras Atividades com recuo de 14,6%.
Esse último está mais relacionado a venda de combustíveis para veículos, mas possuem setores como o de artigos esportivos, joalherias, entre outros que também devem mostrar queda nas vendas.
Segundo a Fecomércio-BA, embora não seja uma variação expressiva, de 2,4%, o varejo pode comemorar o resultado diante da dificuldade que foi o ano atípico de 2020.