Falta de oxigênio em hospitais e aumento do número de mortes e casos por covid-19, no estado do Amazonas, foram uma das motivações para que a população brasileira deliberasse um panelaço em pleno horário nobre, às 20h30, contra o presidente Bolsonaro e a inércia de seu governo diante da pandemia do novo coronavírus.
As manifestações foram combinadas por meio de redes sociais. Relatos e vídeos foram publicados mostram manifestações na Bahia, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Manaus, Goiânia e Porto Alegre.
O panelaço foi convocado por diversos agentes públicos, incluindo políticos e artistas — entre eles o apresentador Luciano Huck. Rival político de Bolsonaro, o governador paulista João Doria (PSDB) defendeu manifestações nas janelas e nas redes sociais.
“Essa, aliás, mais uma das razões que interessam ao presidente Jair Bolsonaro de estender essa tristeza dramática da pandemia: sem povo na rua, quem protesta contra Bolsonaro? Mas há outras formas de fazer isso. As pessoas podem se manifestar nas janelas de suas casas”, afirmou ele nesta tarde, em entrevista coletiva.
Durante entrevista concedida ao apresentador José Luiz Datena, da Band, também nesta tarde, Bolsonaro minimizou as manifestações. “Panelaço pra quê?”, questionou. Ele também afirmou que era alvo dos protestos por estar ajudando o Amazonas e contrariando o Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de bater as panelas nas janelas, os manifestantes também gritaram palavras de ordem como “Fora, Bolsonaro!”. O ato foi convocado pelas redes sociais e aplicativos de mensagens por movimentos sociais, políticos e personalidades. As manifestações foram ouvidas em ao menos 10 capitais do Brasil. Jornal da Chapada com Informações do portal G1 e UOL.
Ja vi vários panelaços daqui. Com certeza eh o maior. pic.twitter.com/Vr4OxBgJg2
— Carla Jimenez 🇧🇷🇨🇱 (@carlajimenez9) January 15, 2021