Jenilde de Jesus Pinheiro, 24 anos, e Rosineide Luiz da Silva, 25, são primas e foram mortas vítimas de feminicídio, com golpes de facas, em um intervalo de 28 dias. Os crimes aconteceram no município de Mundo Novo, na Chapada Diamantina. Enquanto a família tentava se erguer da perda brutal da doméstica Jenilde (veja aqui), assassinada pelo ex-marido no último Natal (25 de dezembro), na frente das filhas menores de idade, parentes dela tiveram que lidar com mais um caso de feminicídio no seio familiar. Na última quarta-feira (20 de janeiro), a prima de Jenilde, a lavradora Rosineide Luiz da Silva, morreu pelas mãos do companheiro (confira aqui).
“Duas perdas que acabaram com a gente. Estamos sem chão. Está sendo muito difícil lidar com essa situação. A gente nunca está preparado para perder um parente, imagina dois em tão curto tempo? E pela forma que aconteceu…. Estamos todos arrasados. Nossa família está toda destruída”, disse um parente das primas ao jornal Correio, na última sexta-feira (22), que preferiu não se identificar.
As duas eram mães e foram mortas na frente de seus filhos pequenos. “A maldade que eles cometeram com elas na frente das crianças. Isso não está sendo fácil para nós, os familiares, que estamos com as crianças. Está sendo bem difícil, porque uns caras desses não têm coração, não têm sentimento”, declarou o familiar.
Para além do parentesco, Jenilde e Rosineide moravam na mesma rua. “Elas se davam muito bem e se viam de vez em quando, porque Jenilde saia cedo para trabalhar. Sempre que Jenilde ia ao mercado, passava na casa de Rosineide, porque é caminho. As mortes delas foram uma triste coincidência. Nunca vi um negócio desses”, lamentou o parente. Jornal da Chapada com informações do site Correio.