Ré no inquérito que investiga o assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) aparece como membro titular da Secretaria da Mulher da Câmara. A parlamentar apoiou ao candidato de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), que foi eleito presidente da casa.
O cargo foi atualizado na página oficial da deputada no site da Câmara nesta segunda-feira (2). No entanto, todas as mulheres parlamentares são automaticamente incluídas nessa secretaria.
Em entrevista à CNN Brasil, a deputada Professora Dorinha (DEM-TO), coordenadora da bancada feminina e atual secretária, afirmou que a partir desta segunda-feira, todas as 79 deputadas passaram a ter a mesma informação em suas páginas no site da Câmara e que Flordelis nunca se colocou como candidata.
“Ela (Flordelis) nunca se colocou e nem é candidata quando formos realizar a eleição que deve ocorrer no final de março”, disse Dorinha.
Segundo informações levantadas pela Fórum, a deputada faz parte de um bloco que terá direito à uma das 8 vagas de coordenadoras, mas isso não quer dizer que ela colocou o nome dela nem que as deputadas irão elegê-la. Toda e qualquer parlamentar do bloco tem o direito a se candidatar e é eleita pelas outras deputadas.
A Secretaria da Mulher não é um cargo em disputa na eleição da Mesa Diretora da Câmara, prevista para esta quarta-feira, e não está atrelada às indicações para presidência e composição de comissões.
Criada em 2013, a Secretaria uniu a Procuradoria da Mulher, criada em 2009, e a Coordenadoria dos Direitos da Mulher, que representa a Bancada Feminina.
Entre as atribuições da secretaria estão “fiscalizar e acompanhar programas do Governo Federal, receber denúncias de discriminação e violência contra a mulher e cooperar com organismos nacionais e internacionais na promoção dos direitos da mulher”.
“Deus é maior”
Nas redes sociais, Flordelis transmitiu ao vivo o final da votação e comemorou a vitória de Lira. “Deus é maior”, diz ela em vídeo. A redação é do site da Revista Fórum.